A chuva praticamente não caiu no sertão piauiense em 2012 e, com isso, o sertanejo vivencia as agruras da pior seca das últimas cinco décadas. Primeiro, o homem do campo viu a dizimação da safra agrícola, agora presencia a morte do rebanho por falta de pastagens e água. Até mesmo para se alimentar o trabalhador rural enfrenta dificuldades, pois, é obrigado a dividir o pouco que tem com os animais.
Como se não bastasse os problemas climáticos, o agricultor ainda sofre com a falta de assistência por parte das autoridades. Por isso, entidades envolvidas com o drama dos lavradores realizam hoje e amanhã a “II Marcha do Grito do Semiárido”, no Centro de Treinamento Diocesano, em Picos. A marcha iniciou às 6h da manhã desta quarta-feira (31), na praça Félix Pacheco, onde milhares de pessoas saíram em caminhada até o CTD.
Segundo o coordenador do evento, Carlos Humberto, o II Grito busca chamar a atenção das autoridades para a situação em que vive milhares de famílias do semiárido piauiense. “São agricultores e agricultoras que não têm a devida assistência. O governo não desenvolveu políticas públicas que realmente atendam às necessidades dessas famílias que sofrem com a falta de água e comida. Vamos denunciar essa falta de compromisso dos governantes com os agricultores”.
Segundo o coordenador, as entidades que representam o homem do campo entregaram ao governo do estado documentos de reivindicações elaborados no I Grito, que aconteceu em São Raimundo Nonato, mas, até agora os pedidos não foram atendidos. Ele disse que não descarta a possibilidade de uma mobilização estadual dos agricultores em Teresina, para exigir que os direitos sejam cumpridos.
O encontro de convivência com o semiárido conta com a participação de aproximadamente 1000 trabalhadores rurais, de 45 municípios da região de Picos, que debatem os desafios e as alternativas para conviver com a seca. Carlos Humberto destacou que o fórum trabalha com implementação de técnologias sociais, como cisternas, barragens subterrâneas e os cursos de capacitação, para que as famílias aprendam a conviver com a seca.
Com informações do Portal O Povo
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