Os agricultores da zona rural de Teresina reclamam que perderam praticamente toda a produção com a seca. Como o município não decretou situação de emergência, eles não poderão requerer o dinheiro do seguro safra.
As espigas de milho não se desenvolveram e o feijão nem chegou a brotar no plantio do pequeno lote no assentamento Nossa Vitória, na zona rural de Teresina. A roça era a principal fonte de alimentos e de renda da família da agricultora Maria do Rosário Neves, que viu toda a plantação se perder por conta da seca.
No assentamento vivem 65 famílias. Todas estão vivendo situação semelhante. A seca mudou a rotina do homem do campo. Quem vivia do que plantava precisou arranjar uma fonte de renda para não passar fome.
O agricultor Juliano de Araújo tentou fazer o plantio das sementes mais de uma vez. Mas, sem a chuva, a mandioca secou. Dos 224 municípios do Piauí, quase 200 decretaram situação de emergência por causa da seca. A cidade de Teresina, que não está na lista, nem chegou a assinar o decreto.
A Secretaria de Desenvolvimento Rural de Teresina informou que o IBGE fez o levantamento da safra no município e não registrou índices de perda acima de 50%. Sem essa comprovação, a prefeitura não pôde fazer o decreto de situação de emergência.
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