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Terça-feira, 19 de novembro de 2024
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01/06/2016 - 08h14

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01/06/2016 - 08h14

Bancada feminina faz protesto no Congresso contra a cultura do estupro

Parlamentares relembraram os estupros coletivos que aconteceram recentemente no Piauí e no Rio de Janeiro.

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"Nenhuma mulher merece ser estuprada", "a culpa nunca é da vítima", “mexeu com uma, mexeu com todas”, foram as palavras de ordem que senadoras, deputadas federais e integrantes de movimentos sociais gritaram pelos corredores da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na tarde desta terça-feira (31/05) durante ato organizado pela bancada feminina do Congresso Nacional contra a cultura do estupro que parece ter se instalado no Brasil.

 

Para a senadora Regina Sousa, os dois crimes despertaram revolta na opinião pública e sua ampla divulgação mostrou que a realidade é ainda mais terrível: “somente em 2015, quase 23 mil mulheres e meninas foram vítimas de estupro no País. A cultura do estupro está instalada no País e culpar a vítima virou o mote dos que não conseguem explicar tanta selvageria”.

 

As parlamentares relembraram os estupros coletivos que aconteceram recentemente no Piauí e no Rio de Janeiro e para melhor enfrentar o problema aprovaram na Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher requerimento que propõe a criação de uma subcomissão para tratar especificamente de crimes sexuais, começando por diligências para apurar os casos que recentemente aconteceram.

 

No próximo dia 6 de junho, as parlamentares irão ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento das investigações do caso da menina de 16 anos, violentada por 33 homens. Em Bom Jesus, no Piauí, uma menina de 17 anos foi violentada por cinco moradores. A diligência para acompanhar as investigações no Piauí ainda deve ser marcada pela Comissão.

 

Outra ação das senadoras foi pedir a votação imediata no Plenário do Senado do projeto que amplia em um terço a pena para os casos de estupros coletivos. O projeto apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), mas pode ir a Plenário ainda esta semana.

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