O Diário Oficial da União publicou hoje (28) a exoneração do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que pediu demissão ontem. A medida veio acompanhada do termo “a pedido”.
Ontem, Castro já havia confirmado que entregaria sua carta de demissão, apesar de ter se manifestado por diversas vezes ter “compromisso com o cargo”.
Ele foi um dos três ministros do PMDB, junto com Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Kátia Abreu (Agricultura), que se negaram a deixar os cargos após o desembarque do partido do governo, imposto pela direção nacional a todos os correligionários no fim de março.
Também deputado federal, Castro se licenciou do cargo para votar contra o impeachment da presidenta Dilma Roussef na Câmara, tendo sido reconduzido ao posto logo após a votação. Pansera fez o mesmo movimento, mas não retornou ao ministério.
Psiquiatra de formação, o ex-ministro da Saúde havia sido nomeado ministro em outubro, em meio a uma reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Roussef com a intenção de recompor sua base de apoio no Congresso.
Durante sua passagem pelo ministério, ele passou por pelo menos uma grave crise de saúde pública: o aumento agudo no número de casos microcefalia (malformação no cérebro de bebês), espalhados pelo país. Descobriu-se depois que a anomalia tinha ligação com um surto do vírus Zika.
Castro também se envolveu em polêmica junto à comunidade especializada ao nomear o psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho, que, no passado, defendeu a existência de manicômios, para a Gerência Nacional de Saúde Mental, em dezembro.
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