No ano de 2015, o PIB caiu 3,8% em relação a 2014, a maior queda da série histórica iniciada em 1996. A queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos. Nessa comparação, a Agropecuária (1,8%) apresentou expansão, e a Indústria (-6,2%) e os Serviços (-2,7%) caíram. Em 2015, o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em relação ao ano anterior.
A queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (1,8%), Indústria (-6,2%) e Serviços (-2,7%). O recuo dos impostos reflete, principalmente, a redução, em volume, de 17,1% do Imposto de Importação e de 13,9% do IPI – decorrente, em grande parte, do desempenho negativo da indústria de transformação e das importações de bens e serviços no ano.
A variação em volume do valor adicionado da Agropecuária (1,8%) decorreu, principalmente, do desempenho da agricultura. Alguns produtos da lavoura registraram crescimento de produção: tendo como destaque as culturas de soja (11,9%) e milho (7,3%). Por outro lado, algumas lavouras registraram variação negativa, como, por exemplo, trigo (-13,4%), café (-5,7%) e laranja (-3,9%).
Na Indústria, o destaque positivo foi o desempenho da extrativa mineral, que acumulou crescimento de 4,9% no ano, influenciado tanto pelo aumento da extração de petróleo e gás natural quanto pelo crescimento da extração de minérios ferrosos. As demais atividades industriais registraram queda em volume do valor adicionado. Aconstrução sofreu contração de 7,6%, enquanto que a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana caiu 1,4%.
A indústria de transformação teve queda (-9,7%), influenciada pela redução, em volume, do valor adicionado da indústria automotiva (incluindo peças e acessórios) e da fabricação de máquinas e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos e equipamentos de informática, alimentos e bebidas, artigos têxteis e do vestuário e produtos de metal.
Dentre as atividades que compõem os Serviços, o comércio sofreu queda de 8,9%, seguido por transporte, armazenagem e correio, que recuou 6,5%, outros serviços (-2,8%) e serviços de informação (-0,3%). A atividade de administração, saúde e educação pública ficou estável (0,0%), enquanto que intermediação financeira e seguros e atividades imobiliárias apresentaram variações positivas de, respectivamente, 0,2% e 0,3%.
Na análise da despesa, destaca-se a contração de 14,1% da formação bruta de capital fixo. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção neste período. Em 2014, a formação bruta de capital fixo já havia registrado queda de 4,5%.
A despesa de consumo das famílias caiu 4,0% em relação ao ano anterior (quando havia crescido 1,3%), o que pode ser explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano de 2015. A despesa de consumo do governo caiu 1,0% – também desacelerando em relação a 2014, quando cresceu 1,2%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 6,1%, enquanto as importações de bens e serviços tiveram queda de 14,3%. Entre os produtos e serviços da pauta de exportações, os maiores aumentos foram observados em petróleo, soja, produtos siderúrgicos e minério de ferro. Já entre as importações, as maiores quedas foram observadas em máquinas e equipamentos, automóveis, petróleo e derivados, bem como os serviços de transportes e viagens.
A taxa de investimento no ano de 2015 foi de 18,2% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (20,2%). Ataxa de poupança foi de 14,4% em 2015 (ante 16,2% no ano anterior).
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