A imagem da lagoa mais conhecida do Sul do Piauí vazia representa o problema mais crítico enfrentado pela população nos últimos 3 anos, a estiagem. O problema não só muda o cenário dos locais mais bonitos do Estado, mas atinge diretamente a população que precisa de água para o uso e para alimentar os animais. Em Parnaguá, onde fica a lagoa, o caso é inédito, nunca se teve tão pouca água no local.
Nas outras cidades do Semiárido, a mesma situação, as barragens estão no limite em alguns lugares os carros-pipa nunca deixaram de trabalhar. O governador Wilson Martins já se reuniu com a equipe que trata da estiagem no Piauí para tratar o problema. Um convênio com a Codevasf, de R$24 milhões vai ampliar a oferta de água na região.
De acordo com o governador Wilson Martins, todo recurso relacionado à água deve ser aplicado sem burocracias da maneira mais rápida possível para que a obra seja concluída rapidamente. “Precisamos priorizar a aplicação desses recursos, que é de um convênio de 2008, já com 50% de execução, mas que, por motivos diversos, como dificuldade das construtoras de executarem as obras, precisa de mais celeridade”, explicou.
Hoje, a média de acúmulo de água nos reservatórios do estado está reduzida em 30% de sua capacidade. O Governo do Estado tem feito obras a longo e médio prazo para o acúmulo de água para suportar períodos maiores de estiagem. São barragens, barragens de acumulação, sistemas adutores, construção de cisternas e poços.
Até o fim de setembro, de acordo com a Defesa Civil, 210 municípios já haviam decretado situação de emergência em virtude da estiagem. Nos últimos dias, o órgão entregou mais poços tubulares. A água potável e de boa qualidade está sendo usada também para o consumo animal.
O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), Elizeu Aguiar, que participa do grupo de monitoramento lembra que o maior problema de um possível prolongamento da estiagem é a redução das reservas de água que já estão em situação crítica. “Estamos no limite, acompanhamos rotineiramente o nível das barragens, que estão, em média, com 30% da capacidade, a situação é crítica, sem dúvida, em muitos municípios do Estado.
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