O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desarticulou um esquema de tráfico de pessoas em uma empresa de pintura em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A denúncia foi levada por um trabalhador que foi agenciado na cidade de Macapá (AP), mas informou que, ao chegar ao local, encontrou condições diferentes das que haviam sido prometidas. A apuração da promotoria começou no início deste mês. Ao todo, foram resgatadas 36 vítimas do tráfico.
Conforme denunciado ao MPMG, o trabalhador, além de encontrar péssima estrutura de alojamento, alimentação precária e salário abaixo do informado, teve a carteira de trabalho recolhida pela empresa contratante, que se negou a devolvê-la ao empregado.
O fato levou o MPMG a acionar a Polícia Militar (PM). “Para a nossa surpresa, com a atuação da PM, 25 empregados, provenientes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia, narraram as mesmas condições e fatos que evidenciaram a prática de tráfico de pessoas”, conta a promotora de Justiça Cynthia Maria dos Santos, de Mateus Leme.
O caso foi encaminhado ao Ministério do Trabalho e do Emprego que, por meio de seus auditores, visitou a cidade e confirmou as condições descritas pelos empregados.
Além disso, foi apurado que a empresa de pinturas havia sido contratada de forma ilegal por uma empreiteira responsável por obras naquela cidade. A irregularidade na terceirização de serviços levou à responsabilização da contratante. “Mediante ordem dos auditores do trabalho, os trabalhadores foram imediatamente para Belo Horizonte para que as providências trabalhistas pudessem ser tomadas”, explicou Cynthia.
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