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01/02/2013 - 11h09

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01/02/2013 - 11h09

Pesquisador encontra indícios de que Teresina já foi mar há mais de 250 milhões de anos

Professor da Universidade Federal do Piauí encontrou fósseis que datam da era mesozoica no Parque Floresta Fóssil de Teresina

 Do Liberdade News

Juan Carlos Cisneros, paleontólogo e professor da UFPI (Fotos: Rogério Holanda)

 Juan Carlos Cisneros, paleontólogo e professor da UFPI (Fotos: Rogério Holanda)

Uma pesquisa desenvolvida pelo paleontólogo e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Juan Carlos Cisneros, comprovou achados de fosseis petrificados há aproximadamente 270 milhões de anos no Parque Floresta Fóssil de Teresina, que aponta a presença de mar em solo teresinense à época denominada pangeia, quando não havia ainda a separação dos continentes como é possível se observar atualmente.

De acordo com o professor Juan Carlos, os estromatólitos são fósseis formados a partir do acúmulo de bactérias marinhas, que podem ajudar os pesquisadores a explorar com maior riqueza esta área específica, além dos troncos petrificados, dispostos na posição vertical, que são características da Era Paleozoica.

Veja no mapa interativo a região da Floresta Fóssil de Teresina


 

Ainda de acordo com o professor, o trabalho para descobrir a idade destes fósseis é comparado a uma estante repleta de revistas. “Quanto mais embaixo está à revista, mais antigo é o registro daquele estromatólito, porém, como esses achados também estão presentes em outros países se torna mais fácil identificar o tempo em que eles estão dispostos na natureza”, explica Juan Carlos. Parte dos fósseis encontrados encontra-se, atualmente, no laboratório do curso de Arqueologia da UFPI.

No segundo semestre do ano passado a prefeitura de Teresina se reuniu com representantes da Agespisa, ambientalistas e especialistas da área para tratar da construção de uma galeria para escoamento de água pluvial, que passará na área que compreende o parque, mas que não representará nenhum dano aos fósseis dispostos naquele local.

O professor destaca ainda que outras descobertas importantes serão estudadas em outras regiões do estado, como no município de Corrente, onde foi encontrado, recentemente, um osso de uma espécie de preguiça gigante, que pode ter entra 10 mil a 2 milhões de anos. Em maio deste ano uma equipe de pesquisadores se deslocará ao município para tentar localizar outros materiais que possam ajudar no trabalho da equipe.

Do Liberdade News

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