Somente em 1926 o Poder Executivo estadual do Piauí passou a ter sede própria; o Governo de Mathias Olímpio de Melo (1924 a 1928) adquiriu a antiga "Chácara Karnak " que pertencia ao Barão de Castelo Branco (Mariano Gil Castelo Branco).
A despeito de ter mantido o nome da antiga chácara, o nome Karnak não tem nenhum significado relevante para a história do Piauí. Um nome de Templo egípcio em um Palácio de arquitetura romana onde morou um sujeito representante da elite política que vive como "inseto em volta da lampada" do poder.
Em tempos de afirmação identitária de grupos que "amassaram o pão que nem o diabo quis comer" para alicerçar as bases desse Estado, seria digno que a Sede do governo do Piauí passasse a se chamar de algum nome que representasse a piauiensidade que tanto buscamos.
Poderia passar a se chamar Palácio Mandu Ladino (indígena guerreiro que liderou a rebeliao contra a dizimação de seu povo de 1712 a 1719) ou Palácio Esperança Garcia (negra,escravjzada, alfabetizada, considerada nacionalmente a primeira advogada do Brasil por ter peticionado ao governador em favor dela e de seu povo contra os maus tratos sofridos) ou Leonardo das Dores Castelo Branco (poeta, cientista , inventor e um dos pilares das lutas pela independência do Brasil); legal mesmo que fosse chamado na acepção plena da Democracia PALÁCIO DO POVO PIAUIENSE.
SÓ PRA PENSARMOS UM POUCO.
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Gilson Caland, educador e produtor cultural - nas redes sociais.
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