A seleção brasileira de futebol perdeu de 4 a 2 para os senagueleses, o que não é nenhuma novidade.
Enquanto isso a CBF vai aguardar o italiano Carlo Michelangelo Ancelotti, técnico do Real Madrid, para que ele assuma o comando da seleção brasileira. E o pior, isso até a metade do ano que vem, já em plena disputa das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Nem que fosse o genial Gardiola em pessoa, se justificaria tamanha estupidez, que só serve para rebaixar ainda mais a autoestima do futebol brasileiro.
Nunca vi acontecer nada parecido com uma seleção nacional. Para completar, a CBF está pensando em contratar um outro interino para esquentar o banco, enquanto aguarda a chegada triunfal do técnico salvador da lavoura abandonada.
Com que moral esse outro treinador interino irá se apresentar aos milionários jogadores da seleção?
Depois desse jogo amistoso, o Brasil não pode ficar mais nem uma semana sem ter um técnico de verdade, nacional ou estrangeiro, tanto faz, mas que possa falar de igual para igual com os jogadores e impor seu plano de trabalho. No primeiro semestre do ano que vem, além das eliminatórias para a Copa 2026, temos a Copa América e um amistoso contra a Espanha.
Não é justo fazer isso com nossa seleção de tantas glórias e tradições, que já foi por muito tempo a melhor do mundo, mas deixou de ser desde 2002. De lá para cá, só coleciona derrotas, algumas vergonhosas.
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Ricardo Kotscho, jornalista - no Uol
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