Com 43 votos favoráveis, o PT foi o partido que mais contribuiu com apoio para a aprovação do projeto de lei ( PL 2720/23) que criminaliza a discriminação a pessoas politicamente expostas, e que inclui presidente, ministros, senadores, deputados, governadores, prefeitos, a alta cúpula do judiciário e do Ministério Público, ministros do TCU, presidente de partidos, familiares dessas pessoas e empresas das quais elas participam. Apenas 11 petistas votaram contra.
O texto, segundo o site de noticias Congresso em foco, foi incluído de última hora na pauta do plenário, sem passar por qualquer discussão ou comissão.
O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) que articulou a votação relâmpago justificou seu "ato heróico" dizendo que se caso não fizesse isso, a Casa, leia-se Câmara Federal, iria continuar permitindo que parlamentares sejam agredidos em aviões, nos hotéis, nas festas.
Com essa justificativa o presidente da Câmara faz o coração mole do eleitor se derreter e os olhos se encherem de lágrimas. Todos são iguais perante a lei. Mas uns são mais iguais do que outros. Ou o sol nasce para todos mas a sombra é somente para alguns.
O texto estabelece de dois a quatro anos de prisão, além de multa, para quem cometer algum ato de discriminação.
A autora do projeto é a deputada Dani Cunha (União Brasil-RJ) filha do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha cassado e preso e que foi um dos principais alvos da Operação Lava Jato.
Uma verdadeira lei da mordaça a proteger figurões e figurinhas da República.
Três deputados do PT-Pi disseram sim: Dr. Francisco, Florentino e Merlong.
A insustentável leveza do ser. Movimenta-se facilmente conforme o sentido dos ventos. Os ventos que lhe são favoráveis é claro!
Segue agora o PL para apreciação do Senado.
Lira jogou o anzol com isca e tudo...
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Herivelto Silva Cordeiro, servidor público federal - nas redes sociais.
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