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Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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cantidosfilho@gmail.com

02/05/2023 - 08h02

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cantidosfilho@gmail.com

02/05/2023 - 08h02

A impactante transitoriedade da vida

 

"Meu Pai é um filme tão poderoso e dolorosamente honesto"

 "Meu Pai é um filme tão poderoso e dolorosamente honesto"

O filme "Meu Pai", com A. Hopkins,  como dito anteriormente   faz pensar na discussão freudiana sobre a transitoriedade.

É importante lembrar também que Freud discutiu como a transitoriedade pode ser uma fonte de motivação e crescimento. Ele argumentou que a consciência da transitoriedade pode nos encorajar a aproveitar cada momento e a buscar a sustentação de nosso desejo. A transitoriedade pode nos levar a valorizar mais o tempo que temos e a aproveitar ao máximo cada oportunidade que se apresenta. 

Em "O Mal-Estar na Civilização" (1930), Freud aborda o medo da morte como um dos principais problemas da existência humana. Ele sugere que a religião, a filosofia, as substâncias intoxicantes, a arte, o amor e outras formas de pensamento ajudam as pessoas a lidar com a inevitabilidade da morte. 

Em "Moisés e o Monoteísmo" (1939), Freud aborda a questão da velhice e da morte, afirmando que a consciência da mortalidade pode nos levar a buscar um novo significado na vida.  Mesmo não tendo escrito especificamente sobre a velhice, suas reflexões  sobre a mortalidade e a busca de sentido na vida me fizeram pensar um pouco mais sobre a experiência humana da velhice. 

O crítico de cinema Manohla Dargis do The New York Times, escreveu:
 
"Meu Pai é um filme tão poderoso e dolorosamente honesto que é difícil não ser tocado pela sua representação da demência. Mas essa representação é também o que o torna, em última análise, limitado. O filme deixa a impressão de que a demência é simplesmente uma questão de memória e que, se pudermos resolver a questão da memória, tudo ficará bem. Essa é uma ideia confortadora e atraente, mas não é necessariamente verdadeira."

A meu ver, ao contrário do que dá a entender Dargis, trata-se de uma escolha narrativa do autor: retratar a luta de um homem idoso com demência e as consequências emocionais para ele e para sua filha. 

Impactante.

*****
Cássio Miranda é poeta, psicanalista, professor doutor da UFPI - nas redes sociais. 

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