O Piauí se prepara para receber um novo volume de investimentos por meio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência internacional ligada a Organização das Nações Unidas (ONU). A instituição, que já tem convênio em andamento com o governo desde 2013, anunciou a disponibilidade de R$ 53 milhões para financiamento de ações, objetivando a redução da pobreza e geração de renda na região semiárida. O aditivo contratual a ser assinado estabelece que o governo desembolsará o mesmo que o Fida a título de contrapartida, ou seja, R$ 53 milhões, totalizando R$ 106 milhões investidos no campo.
Nessa quarta-feira (30), o governador Wellington Dias recebeu uma comissão do Fida responsável pela elaboração do plano de ações. Consultores das áreas administrativa, financeira, meio ambiente, gênero, entre outras, visitaram projetos em execução no interior do estado, para indicar as opções mais viáveis de atividades a serem desenvolvidas e públicos contemplados. Um dos eixos principais é o fomento de arranjos produtivos.
“Eles ficaram encantados com as áreas de produção de peixes, caprino e ovino e frutas. Fazer investimentos que possam consolidar o que já desenvolvemos é algo extraordinário e tem nosso apoio”, declarou o governador.
O contrato inicial, cuja execução começou em 2013 e termina em 2020, investirá, ao todo, R$ 120 milhões, sendo metade recursos do tesouro estadual. De acordo com os consultores, as ações, integrantes do programa Viva o Semiárido, beneficiaram 5 mil famílias. A gestão eficiente do programa pelo governo, favorece ao Piauí.
“Tivemos uma visita ao Piauí do órgão máximo de gestão do Fida, que é sua Junta Executiva, em novembro de 2016, onde foi testemunhado o grande progresso e avanço que houve aqui. O aditivo é resultado dessa eficiência” pontuou o porta-voz da comitiva do fundo, Hardi Michael Wulf Vieira.
Uma das preocupações do Fida nesse novo contrato é financiar obras de segurança hídrica para a população atingida pela estiagem, que já se prolonga por 6 anos. Comunidades beneficiadas pelo Programa Água Doce, coordenado pelo Emater, que consiste na dessalinização de água subterrânea, devem ser escolhidas para implementação de arranjos produtivos.
“Onde tiver Água Doce vamos desenvolver piscicultura, horticultura e outras atividades que necessitam de água para se desenvolverem”, explicou Marcos Vinícius Oliveira, diretor-geral do Emater.
Na nova etapa do programa Viva O Semiárido, será trabalhado também o desenvolvimento de capital humano e inovação, por meio de unidades de capacitação com pesquisadores e instrutores da Embrapa.
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