A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi eleita nesse fim de semana como nova presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). Ela é a primeira mulher a se eleger presidente da sigla. Ré na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Gleisi substitui Rui Falcão, presidente do partido há 6 anos, pelos próximos 2 anos.
O 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores foi batizado em homenagem à Marisa Letícia Lula da Silva, esposa do ex-presidente Lula que faleceu em janeiro deste ano. Eleita com 367 dos 593 votos, Gleisi disputava a presidência da sigla contra o também senador Lindbergh Farias e José de Oliveira. Lindbergh recebeu os outros 226 votos. Oliveira não teve votos. A paranaense era a favorita na disputa, e contava com o apoio da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária dentro do partido e à qual pertence Lula.
A nova presidente do partido apoia o movimento de Diretas e diz que esse é um dos atuais desafios do partido no momento. “Nós queremos que ele [Temer] seja substituído não por alguém nomeado pela elite do país. Porque aí sim seria o golpe dentro do golpe. Mas um presidente eleito pelo voto popular. Acho que o povo brasileiro está sintonizado com o movimento das diretas.”
A senadora também não defendeu uma autocrítica do partido. Para ela, o partido não deveria enumerar seus erros para que eles fossem “explorados pela burguesia”, afirmando ainda que o partido faria o “resgate dos nossos erros na prática.”
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