Durante coletiva nesta quinta-feira (18), em São Paulo, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, deixou claro que os movimentos sindical e sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo não aceitarão qualquer saída ao governo de Michel Temer (PMDB) fora das eleições diretas.
Para as organizações, ainda que protele a decisão, o presidente já sabe que não tem condições políticas, governamentais e moral para se manter no comando da República.
A questão agora é discutir o que ou quem o sucederá e acertaram que o eixo “Fora Temer, Diretas Já e pela retirada imediata das reformas Trabalhista e Previdenciária” norteará a luta.
“Entendemos que ele deve renunciar imediatamente à presidência e não aceitaremos o golpe dentro do golpe. O que se está construindo é a saída dele e a indicação por via indireta de outro qualquer nas hostes da república e que tem implicação nesta crise tanto quanto ele. Só não tem gravação. Ainda”, lembrou Vagner.
Segundo ele, a ascensão ao cargo sem consulta ao povo só aprofundará a crise, seja o escolhido da Câmara, Senado ou do Supremo Tribunal Federal (STF).
“(Se isso acontecer) nós vamos continuar fazendo a campanha pelas Diretas Já que vamos denunciar internacionalmente que os mesmos que construíram a crise continuam no poder, só trocando de nome. A crise é uma oportunidade para que o Brasil possa convocar eleições direitas elegendo um governo com credibilidade para propor mudanças econômicas necessárias para o Brasil sair da crise”, defendeu Vagner.
Calendário de lutas
Para o presidente da CUT, as ruas mostrarão nos próximos dias que o país não quer mais conviver com um governo marcado pela sujeira e a incompetência.
Em diversas cidades do país hoje acontecerão manifestações. Em São Paulo, a mobilização acontece na Avenida Paulista, às 19h, no vão livre do MASP.
No próximo dia 21, mais uma vez o povo vai às ruas em todo o Brasil pelo “Fora Temer” e dia 24 haverá ato centralizado em Brasília. Mas outras cidades também promoverão manifestações.
“A hora é de lutarmos para sair da crise e pelo retorno do desenvolvimento econômico, da credibilidade e pelo fim da bandalheira”, convocou Vagner.
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