Em reunião realizada no Palácio da Cidade na manhã desta terça-feira (11), o prefeito Firmino Filho (PSDB) garantiu assistência na solução da situação das famílias que se encontram da ocupação Padre Humberto, localizada na zona norte de Teresina. Os moradores do local estavam sob ameaça de despejo após uma liminar concedida pelo juiz Antônio Soares.
Com representantes das famílias, Defensoria Pública, Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Habitação (SEMDUH) e os vereadores Venâncio Cardoso (PP), Teresinha Medeiros (PSL), Luís André (PSL), Teresa Britto (PV), Gustavo Carvalho (PEN) e deputada estadual Flora Izabel (PT), a audiência discutiu a posição da Prefeitura de Teresina frente à situação das mais de 359 famílias que ocupam o local há mais de dois anos e debateu também sobre quem realmente precisa de moradia.
Além de afirmar que vai pedir decreto de interesse social e posteriormente tentar regularizar a situação das famílias, Firmino disse ainda que através da SEMDUH vai iniciar uma espécie de cadastramento das famílias que ocupam o local.
“A ocupação Padre Humberto é uma ocupação consolida, é natural que a Prefeitura manifeste junto à Justiça seu interesse de agir na comunidade. Mas, precisamos dar mais legitimidade a esse processo com o cadastro das famílias, para que possamos garantir que as moradias sejam destinadas a quem realmente precisa”, explicou.
Cerca de 70% da comunidade possui famílias que são chefiada por mulheres, muitas sem renda fixa, ou que sobrevivem com o auxílio do Programa Bolsa Família. Segundo o vereador Venâncio Cardoso a ocupação abriga mais de 1.400 pessoas, na maioria mulheres, entre idosos, deficientes e crianças e que precisam com urgência de moradia. “É muito importante essa posição de diálogo e auxílio da prefeitura, pois há um número muito grande de famílias que ocupam o local e que na sua grande maioria não tem para onde ir”, disse.
A presidente da Associação de Moradores, Ana Carolina Pereira da Costa apoiou o cadastramento que a SEMDUH começará fazer sobre as famílias que realmente necessitam de moradia. “A própria associação está investigando dentro da ocupação, quem realmente precisa de casa, porque há realmente que está ali de má fé”. Sobre o resultado da reunião ela acrescenta: “Essa é uma atitude grandiosa e vitoriosa para nossa comunidade porque, de fato, nos ajuda a dar moradia para quem precisa. É de comover a todos nós, inclusive eu, que estou desempregada e não posso pagar nem aluguel”, afirmou.
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