Vários deputados participaram do debate, após a exposição dos deputados federais Marcelo Castro e Assis Carvalho (PT-PI) sobre a reforma política, a maioria a favor da chamada “lista fechada”. Falaram os deputados Evaldo Gomes (PTC), João Mádison (PMDB), Aluísio Martins (PT), Edson Ferreira (PSD), Marden Menezes (PSDB) e João de Deus (PT).
Evaldo Gomes e João Mádison são contra a lista fechada por entenderem que elas acabam com a renovação partidária, já que serão escolhidos e incluídos nessas listas somente as lideranças tradicionais dos partidos, aqueles que já tem mandato. “Quem não tem uma tradição, um trabalho desenvolvido no partido não vai ter chance de integrar a lista. E os delegados que escolherão os nomes das listas vão ter peso de ouro. Eu ainda não fui convencido de que esse modelo é o ideal para o Brasil”, afirmou João Mádison.
O deputado Edson Ferreira disse que o sistema eleitoral vigente é o maior responsável pela corrupção no país. “A coisa está totalmente fora do prumo. Hoje são 35 partidos e tem mais dez prontinhos para serem criados no Tribunal Superior Eleitoral”.
Marcelo Castro lembrou que desde 1945 que o Brasil vota em pessoas. “O que deu certo em outros países tem que dar certo no Brasil porque o ser humano é igual em todo mundo. Não tem como não dar certo aqui também. O atual sistema político é uma loteria, você vota em um e elege outro. Essa anomalia só existe no Brasil”.
O deputado federal denunciou que o crime organizado está elegendo seus representantes nas casas legislativas pelo país e isso precisa ser combatido. “Democracia para valer tem que ter partidos orgânicos, doutrinários. Hoje nós temos o sistema eleitoral mais atrasado do mundo”.
Já o deputado Marden Menezes entende que o Congresso Nacional não pode mais jogar para debaixo do tapete mais esse problema. “A reforma política é necessária porque esse modelo não dá mais, já se esgotou. Esse lamaçal em que o país mergulhou é consequência de um sistema eleitoral falido. A mudança é necessária, mas não pode acontecer de uma vez, numa dose cavalar, não pode ser administrado de uma vez porque vai causar mais mal do que bem. O atual sistema é perverso, injusto e sacrifica o povo brasileiro”, avaliou Menezes.
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