A Maconha (Cannabis Sativa) é uma planta que gera sempre polêmicas e preconceitos. Mas, desde a década de 60, pesquisadores brasileiros e americanos permitiram avanços científicos que apontaram substâncias da erva como fortes aliadas no tratamento medicinal de várias doenças e estão mudando essa realidade. No Brasil, em 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), permitiu tratamentos com substâncias psicotrópicas como os Canabinoides.
Partindo disso, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), junto a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (SESAPI), somam esforços para avanços em pesquisas de medicamentos do Canabidiol, uma das substancias encontrada na planta. Na semana passada, aconteceu o I Simpósio Sobre Uso Medicinal dos Canabinoides promovido pelo Governo do Estado do Piauí em parceria com a UFPI, UESPI e SESAPI.
Na oportunidade foram assinados convênios com o proposito de cooperação para o desenvolvimento dos canabinoides, que dependendo dos resultados dos estudos poderão orientar futuramente a implantação de um centro de pesquisa, inovação e divulgação da substancia no Piauí.
O reitor da UFPI, prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes, garantiu apoio a toda equipe envolvida e disponibilidade da infraestrutura da UFPI para a realização da pesquisa para os avanços do uso medicinal do canabidiol. “A Universidade tem o papel de contribuir para o desenvolvimento de nossa região e a UFPI tem cumprido esse papel com destaque. Com respeito à pesquisa do Canabidiol, poderemos colaborar no controle de qualidade com nossos laboratórios de Química e da Farmácia Escola além de realizamos diversas pesquisas para o seu desenvolvimento e uso”, disse.
O reitor da UESPI, Prof. Dr. Nouga Cardoso, agradeceu ao corpo de pesquisadores da UESPI que contribuíram para o amadurecimento da ideia de trabalhar com o Canabidiol e disse que “o Simpósio propôs o primeiro passo para o esclarecimento de medicamentos a base de Canabidiol e dessa forma estimular o desenvolvimento de pesquisas multiprofissionais no Piauí”, afirmou.
O Governador do Piauí, Wellington Dias (PT) relatou a sua experiência e as dificuldades de conseguir fazer o uso medicinal da substancia com sua filha e garantiu que “faremos todo o esforço para garantir os avanços na pesquisa e a difusão de debates para aspectos legais do uso medicinal dessa substância e de outras no país”.
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