A apreensão de pelo menos 600 cosméticos vencidos que estavam sendo comercializados normalmente na cidade de Picos, região sul do Piauí, faz um alerta para um grave problema de saúde: o descarte correto desse tipo de produto.
Os fiscais da Vigilância Sanitária de Picos constataram em um estabelecimento comercial diversos cosméticos, entre eles cremes de massagens, tintas, cremes capilares, sabonetes e shampoos, com a validade expirada, alguns há mais de quatro anos. Os ficais também se deparam com produtos com a validade raspada. Com a apreensão dos produtos, é fundamental que esses cosméticos não sejam descartados em aterros sanitários, lixões a céu aberto ou no esgoto sanitário. Esse tipo de resíduo pode contaminar o solo e a água quando descartados no lixo comum ou na rede de esgoto.
A cidade de Picos, por exemplo, não possui hoje um sistema específico de coleta, tratamento e destinação final dos Resíduos Sólidos em Saúde (RSS). “O gerenciamento dos RSS é importante para a redução dos possíveis riscos à saúde dos seres humanos e também ao meio ambiente. Este gerenciamento é realizado com um conjunto de ações que tem seu início no manejo, onde é feita uma segregação adequada dentro das unidades de serviços de saúde, empresas. Os cosméticos, assim como os remédios, por exemplo, são produtos químicos e não podem ser jogados no lixo comum, necessitando de tratamento adequado conforme determina as legislações brasileira e da Organização Mundial de Saúde”, afirma Felipe Melo, especialista em tratamento de resíduos de saúde.
Segundo o especialista em RSS, Felipe Melo, é necessário que os estabelecimentos contratem um serviço especial de coleta destinado, essencialmente, a resíduos do serviço de saúde para evitar que esses detritos sejam descartados como lixo comum.
A preocupação quanto a esse tipo de resíduo deve começar desde a coleta, despejo e tratamento pelas unidades operadoras de resíduos de saúde que não podem ser transportados de qualquer maneira, muito menos jogados no lixo comum. “É necessário que a coleta, manejo e transporte sejam feitos da forma correta e o tratamento seja adequado conforme determina as legislações brasileira e da Organização Mundial de Saúde”, reforça Felipe Melo, da Sterlix.
Ainda segundo Melo, a tecnologia que está sendo empregada pela Sterlix em municípios do Piauí é o sistema de autoclave, o mais correto e eficiente processo para a proteção ambiental. “Recebemos resíduos perigosos classes I e II, que não podem ser depositados em aterros comuns de lixo doméstico, além de possuir tecnologia e experiência no tratamento de resíduos provenientes de serviços de saúde, grupos A e E, e resíduos químicos e farmacêuticos do grupo B”, afirmou o especialista.
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