Reunidos em audiência pública, alunos de Educação do Campo, da Universidade Federal do Piauí, solicitaram à senadora Regina Sousa ajuda para a continuação do curso. São 800 estudantes nos Campi de Teresina, Floriano, Picos e Bom Jesus que reivindicam a manutenção de direitos sociais já adquiridos, como transportes, alimentação e hospedagem.
A maior preocupação dos estudantes é buscar alternativas para a manutenção do curso que foi fruto da luta dos movimentos sociais. Segundo Sávio Santos, vice-presidente do Centro Acadêmico da Educação do Campo, o objetivo é dar continuidade ao curso pois a atual política econômica reduziu o orçamento para os programas de educação do campo, como o PRONERA e PROCAMPO, o que vai dificultar o acesso da população campesina ao acesso à educação básica e superior.
O coordenador do Curso de Educação do Campo, Jean Carlo, disse que a preocupação é com os futuros alunos. “ É preciso manter continuidade do curso de Educação do Campo no campo.” E por isso a necessidade de envolver governo e sociedade na luta para garantir a manutenção do curso.
A senadora Regina Sousa informou que a luta deve ser coletiva para render para todos e todas e vai ajudar no que for preciso. E contou que muitos programas estão sendo desidratados pelo governo federal. E citou o caso das Escolas Famílias em que muitas estão sendo fechadas por falta de recursos. A parlamentar revelou que irá fazer um discurso e solicitar uma audiência pública no Senado para debater o assunto. “Mais do que nunca esta frase está na moda: Vamos à luta.”
A Licenciatura em Educação do Campo (PROCAMPO) foi implantada no Piauí em 2014 e é fruto da luta dos movimentos sociais do campo para inclusão de jovens agricultores ao ensino superior em universidades públicas.
Representantes da Universidade Federal do Piauí, Federação dos Trabalhadores na Agricultura e do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra também participaram da audiência realizada no auditório do Centro de Ciências da Educação.
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