O conceito de biblioteca como um espaço dedicado apenas à leitura, onde o silêncio é a principal regra, vem se transformando ao longo dos anos. Hoje, a ideia de biblioteca deve estar associada a um espaço de convivência que deve oferecer atrativos que chamem a atenção e, assim, incentive a paixão pela leitura e a formação de novos leitores.
A Biblioteca Pública Estadual Cromwell de Carvalho, em Teresina, passou por reforma e será reaberta ao público na segunda-feira (21). Entre as novidades, uma vinilteca, onde os visitantes poderão “relaxar”, colocar os fones nos ouvidos e curtir uma boa música. O acervo deve receber mais de 10 mil vinis.
A música também vai se fazer presente no pátio da biblioteca, que ganhará um palco, onde serão realizados eventos culturais. O que antes era um depósito, agora passará a ser o auditório. O acervo, formado hoje por 20 mil livros, está sendo todo informatizado e, em breve, os frequentadores poderão fazer empréstimos por meio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.
Duas bibliotecárias estão realizado esse trabalho de levantamento. Assim que a biblioteca for reaberta, já voltamos a funcionar normalmente e iniciamos o cadastro dos interessados”, explica o coordenador da biblioteca estadual, Luciano Brandão.
Além de nova pintura, o prédio ganhou novos banheiros e todo o teto foi reformado. No total, foram gastos cerca de R$ 680 mil com a reforma, iniciada em abril deste ano, pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A sala de informática ganhará 11 novos computadores que poderão ser utilizados pelos visitantes. Fora da sala, ainda há pontos de acesso livre à internet. Outra novidade são salas para grupos de estudo.
Mais novidades
A criançada também terá um local só para elas: uma sala que reúne grandes obras infantis e brinquedoteca. A biblioteca possui ainda um acervo de livros em braille para deficientes visuais. “A sala ganhará um piso adequado para receber este público e, em parceria com a Associação de Cegos do Piauí, vamos poder incentivar o acesso a essas obras”, explica o coordenador Luciano Brandão.
Outro espaço que merece destaque é a Sala do Piauí, que vai reunir obras raras piauienses, algumas escritas há mais de 100 anos. Antes da reforma, a biblioteca recebia uma média de 400 pessoas por dia. Com a reabertura, alguns projetos também devem ser retomados, como o “Troca-troca” e o “Quanto Vale”, em que o visitante poderá comprar o livro por um valor simbólico e o valor arrecadado será destinado a uma instituição de caridade. O projeto ainda ajuda na revitalização do acervo, já que os livros têm um tempo de vida útil e, após esse tempo, devem ser trocados.
“Queremos criar o clube do livro, para incentivar a leitura. O interessado vai ter uma carteirinha e ainda ganhará descontos em eventos culturais”, diz Luciano.
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