Órgãos públicos do Governo do Estado do Piauí somaram forças a instituições federais e municipais no combate aos focos de incêndios que se espalham no território da Grande Teresina. Em reunião nesta quinta-feira (13) para enfrentamento ao fogo, o comando do Corpo de Bombeiros ganhou o reforço importante da Secretaria de Defesa Civil Estadual e municipal de Teresina e da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente, além da contribuição do Ministério Público Estadual, da Polícia Militar e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
A reunião tratou da definição de estratégias de combate e da comunicação dos acontecimentos, reforçando as medidas preventivas como solicitação junto à população do não uso da técnica de queimadas em terrenos baldios. “Na logística, a Secretaria de Defesa Civil vai viabilizar carros-pipa para que tenhamos suporte de abastecimento das nossas viaturas”, explicou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, coronel Carlos Frederico.
O Corpo de Bombeiros está com todo o seu efetivo destacado para as ações de enfrentamento aos focos das chamas. São cerca de 60 profissionais da corporação em diligências em zonas rurais e urbanas de Teresina. “O combate a incêndios em vegetação exige capacitação. Se formos empregar o pessoal do Exército, por exemplo, isso exige um treinamento específico. Mas eles dão um apoio muito importante no carro de abastecimento, e ao ceder veículos e parte das suas estruturas de apoio, como o trator de esteira. São equipamentos de apoio que podem auxiliar na nossa atividade”, destacou o relações públicas do Corpo de Bombeiros, Major Veloso.
O período de baixa umidade somado à vegetação seca fazem dos terrenos baldios e matas nativas verdadeiros campos de propagação das chamas. Somado a esses fatores, segundo o comando do Corpo de Bombeiros, o uso da técnica de queimada para a limpeza de terrenos é um dos principais causadores dos focos de incêndio.
“Estamos tendo uma situação histórica, essa situação de diversos incêndios em vegetação é atípica. Incêndios em vegetações na mata têm um perfil bem diverso porque o bombeiro não faz o combate ao incêndio. O fogo se expande de forma radial e o perímetro vai crescendo ao redor do foco inicial das chamas. As frentes dos incêndios têm de um a cinco quilômetros de extinção. É uma situação bem diferente em relação ao combate ao incêndio típico. O que é feito é justamente a preservação do patrimônio que está em risco. Se esse incêndio avança na direção de uma comunidade, as equipes fazem todo o procedimento para a proteção daquele perímetro”, informou o major Veloso.
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