O Piauí tem atraído olhares de empreendedores de todo o mundo. Com o apoio do Governo do Estado, que tem dado prioridade à captação de recursos que geram emprego e renda e elevam o Produto Interno Bruto (PIB), mais de R$ 40 bilhões serão investidos no Piauí até o ano de 2017. Empresários de várias partes do país e do exterior já firmaram o compromisso de investir no estado, que apresenta inúmeras potencialidades em setores como o do turismo, comércio, mineração, agronegócio, infraestrutura e energias renováveis.
Uma das áreas que se destacam é a do agronegócio. Dentre as empresas que investirão no setor, o Grupo Budny, de Santa Catarina, montará, no município de Campo Maior, uma fábrica de pequenos tratores para a agricultura familiar.
O investimento inicial previsto é de R$ 30 milhões, com geração de 200 empregos diretos. Além de fornecer maquinário para o mercado interno, aproveitando a vocação do Piauí para a agricultura familiar, a empresa deve se aproveitar da posição geográfica estratégica para atingir novos mercados.
Para a instalação da empresa, que é parceira do governo e da Prefeitura de Campo Maior, um terreno foi doado. A previsão é que as obras iniciem no segundo semestre do próximo ano. “Atualmente, o grupo resolve a parte burocrática, na qual é necessário a abertura do CNPJ no estado e logo depois o projeto é apresentado ao Conselho de Incentivo a Indústria, que aprova os incentivos fiscais. Já existe um protocolo de intenções assinado pelo governador Wellington Dias e pelos empresários que declara a obrigatoriedade da devolução do terreno, caso o empreendimento não se realize”, explica a assessora de Estratégica para Investimentos do Governo do Estado, Lucile Moura.
Os equipamentos ofertados pela Budny no Piauí serão voltados, principalmente, para os pequenos produtores. “A empresa disponibilizará tratores e roçadeiras baratos, que custam em torno de 20 a 30 mil reais. Essas máquinas serão financiadas e a própria renda que o agricultor conseguirá com o novo equipamento irá ajudar a pagar o empréstimo. Quando o pequeno produtor sai da foice e da enxada e usa uma tecnologia, mesmo que seja de pequeno porte, a produção aumenta 30 vezes. É o que chamamos de círculo virtuoso. Ele produz mais, vende mais, gera mais renda e com aquele dinheiro ele paga o empréstimo sem dificuldades”, destaca o governador.
Mais investimentos
Outras empresas estão em processo de implantação no estado. É o caso da Terracal Alimentos e Bioenergia, que pretende produzir cana-de-açúcar e tomate, promover a geração de energia de biomassa e também ofertar produtos de segunda geração, como o etanol, açúcar e pasta de tomate. No setor de mineração, a BR Níquel irá trabalhar com a extração de níquel no município de Capitão Gervásio. Há ainda a Atlantic Energia Renováveis S.A, que irá trazer, além da produção de energia limpa, a fábrica própria de torres eólicas. A pretensão é produzir cerca de 100 torres por mês na região de Lagoa do Barro.
Ao todo, quase 50 empresas se instalarão no estado, gerando cerca de 15 mil empregos. São pequenos e grandes empreendimentos, com investimentos que chegam a R$ 5 bilhões. Todos estão na fase de captação de recursos e assinatura de protocolo de intenção.
“Criamos uma sistemática para esses acompanhamentos. A empresa apresenta suas intenções, nós apresentamos os potenciais do estado e vamos afunilando os interesses, que culmina no protocolo de intenções que determina a obrigação do estado para com a empresa e vice-versa. Portanto, ele dá garantia de empregos, respeito a questões ambientais, fundiárias, dentre outros. A partir da assinatura do documento, o projeto passa a ser do e para o Piauí e não apenas da empresa”, atenta Lucile Moura.
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