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17/10/2012 - 08h19

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17/10/2012 - 08h19

Batalha do Jenipapo: a liberdade veio com coragem

A Batalha do Jenipapo, como ficou conhecido o confronto ocorrido às margens do riacho, foi uma luta que ocorreu no dia 13 de março de 1823.

 Terra Querida

 

As águas do riacho Jenipapo, hoje cristalinas, já foram rubras. No dia 13 de março de 1823, o sangue de mais de 200 homens e mulheres se misturou às águas do riacho, rumo a outros lugares e outras águas, penetrando pelo Piauí.

A Batalha do Jenipapo, como ficou conhecido o confronto ocorrido às margens do riacho, no município de Campo Maior, foi uma luta injusta, que durou apenas cinco horas. A tropa portuguesa, que sob o comando de João José da Cunha Fidié pretendia manter o Norte como colônia de Portugal, tinha equipamentos de guerra. Do outro lado, piauienses e cearenses estavam munidos de objetos simples, como facões, foices e velhas espingardas, e, acima de tudo isso, coragem.

No imaginário popular, a coragem desses brasileiros que deram suas vidas por um ideal de liberdade garantiu a eles ares de santos. No cemitério improvisado, próximo ao riacho, pessoas fazem promessas às Almas do Batalhão, oferecendo rezas, velas, cânticos. Os ex-votos são trazidos em trocas de pedidos e graças alcançadas.

Os números de mortos e feridos não são exatos, e há ainda muito a se descobrir sobre a Batalha. A historiadora e professora da UFPI, Iara Guerra, esclarece que há diferentes versões. “Um dos temas que não têm consenso é em relação ao número de mortos. Alguns livros falam em mil mortos, outros citam mais, outros menos. Em obra de autoria própria de Fidié, ele diz que foram mais de mil mortos do lado piauiense, enquanto que os historiadores daqui dizem que esse número é menor”, afirma.

Há consenso, porém, em dizer que, embora a vitória tenha sido portuguesa, a Batalha do Jenipapo foi decisiva para a consolidação da Independência do Brasil. O major Fidié e sua tropa, enfraquecidos, seguiram para Caxias, no Maranhão, onde foram derrotados por piauienses, maranhenses e cearenses, em 31 de julho de 1831.

Terra Querida

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