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Terça-feira, 19 de novembro de 2024
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Política

11/08/2016 - 13h54

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11/08/2016 - 13h54

O que fazer após derrubada em definitivo de Dilma do poder?

Se a votação preliminar no Senado Federal já confirmada de 59 X 21 pelo afastamento da presidente Dilma for repetida na segunda votação comandada pelo Supremo Tribunal Federal, ela já pode começar a dar adeus ao Palácio do Planalto. Estará então consumado o reverso da democracia brasileira!

  

Com isso Temer, Cunha, Aécio, Caiado, Maia, Serra, Sarney, Paulinho da Força Sindical, Fiesp, Cristóvão Buarque, Globo e cia, os verdes amarelos e os paneleiros já poderão se considerarem vencedores.

 

Essas forças conservadoras farão de tudo colocar em prática seu programa econômico liberal que fora derrotado desde 2002. Significa cortar programas sociais, flexibilizar as leis trabalhistas, aumentar do tempo da aposentadoria e fazer a desvinculação desta do salário mínimo, aumento de impostos e a entrega do pré-sal às grandes corporações petrolíferas estrageiras. Essas medidas farão o país recuar para os tempos do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando os supermercados eram vazios, os aeroportos e restaurantes eram frequentados só por gente rica, as ruas com poucos carros e as matriculas nas universidades públicas preenchidas apenas por filhos da classe média e dos endinheirados. 

 

O pior é que esse pessoal não fala nada sobre reforma política. Com isso, continuarão a fazer coro com o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público, a Procuradoria Geral, o Supremo Tribunal Federal, que até agora só tem se interessado em pegar petistas e colocá-los na cadeia. Com a consumação de Dilma sendo apeada do poder, sobrará o ex-presidente Lula, que continuará sendo perseguido para que não possa concorrer a presidência em 2018.

 

Com essa conjuntura, o Partido dos Trabalhadores é obrigado a se reiventar, ou seja, se reaproximar da sua base social, da juventude e projetar novas lideranças. É desafiado a construir uma frente de coalização de partidos de centro e de esquerda para mobilizar a sociedade civil, principalmente os jovens, os pobres e a classe média que serão as maiores vítimas do golpe orquestrado para derrubar Dilma e o PT do governo federal.

 

As forças comprometidas com as classes populares são desafiadas a se unir e fazer uma dura oposição a Temer e a sua turma, a mergulhar no meio do povo, a arregaçar as mangas nas próximas eleições municipais, a construir um novo projeto de desenvolvimento econômico e social em que as classes populares estejam incluidas no orçamento. A gestarem novas formas organizativas, atrair a juventude, mobilizar e pressionar por uma ampla reforma política, que mude as atuais regras eleitorais.  

       

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