O já falecido ex-candidato a presidente, Eduardo Campos (PSB) foi apontado pelo Ministério Público Federal como um dos beneficiários do esquema de lavagem de dinheiro, proveniente de superfaturamento de grandes em obras públicas, entre elas, a transposição do rio São Francisco e Petrobras.
A Operação Turbulência deflagrada pela Polícia Federal descobriu que além de Campos, eram também benefiários e que operavam o esquema, agora investigado pela MPF, os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite e outros 16 integrantes, todos eles denunciados pela Procuradoria da República com base no inquérito.
No inquérito a Procuradoria da República do Estado aponta que o esquema de desvios funcionava da seguinte forma: A Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem, por exemplo, estava no nome de um laranja, mas tinha a manipulação dos líderes e operadores do esquema. Eduardo Freire guardava em seu escritório notas fiscais da empresa e, segundo o MPF, foi o responsável por ter indicado a conta da empresa para o recebimento de recursos vindos de empresas de fachada ligadas ao doleiro Alberto Youssef, a MO Consultoria e a Empreiteira Rigidez, usadas para receber "vantagens indevidas" de contratos da Petrobras para políticos. Fantasma, a Câmara & Vasconcelos recebeu ainda da OAS cerca de R$ 23,7 milhões só entre 31/07/2012 e 23/03/2015. Esse dinheiro era de um contrato da Transposição do Rio São Francisco.
Esse período engloba a campanha eleitoral em que Eduardo Campos disputou a presidência e morreu em acidente aéreo, na queda de um avião cuja compra motivou o início da investigação que chegou ao esquema de lavagem de dinheiro.
-------------
Com informações do Jornal do Comércio-PE, dessa quarta-feira, 03/08/2016
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.