O governador Wellington Dias recebeu membros da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Caju e Derivados do Estado do Piauí, nessa terça-feira (19), no Palácio de Karnak, onde foram apresentadas as principais demandas do setor, que perdeu cerca de 70% da área plantada entre 2009 e 2015. Na oportunidade, foram discutidas ações que serão implementadas para alavancar a atividade e conviver com a seca.
Wellington garantiu a ampliação de recursos destinados à aquisição de mudas de caju. Segundo ele, serão 4 milhões de mudas enviadas aos pequenos e médios produtores e a expectativa é que não seja apenas a distribuição de mudas, como ocorreu em anos anteriores, mas proporcionar a esses produtores o amparo técnico necessário para que não haja perdas. Haverá ainda uma melhor organização na distribuição, por meio de um cadastro realizado por uma comissão de parceiros do município, sendo oferecidas até 600 mudas por produtor, anualmente.
"A ideia é de um banco de projetos. A nossa meta não é só tirar da pobreza, mas oferecer a esses a cajucultura como referência na área que atuam, proporcionando uma renda mínima de três salários ou mais. A função da câmara é ajudar setorialmente nesse desenvolvimento", explica o governador.
De acordo com o presidente da Câmara Setorial, Jociel Bezerra, a cada 5 hectares plantados, a cajucultura gera três empregos diretos e lamenta que nos últimos anos, com a perda dos pomares, cerca de 67 mil postos também foram perdidos. Na oportunidade, o presidente agradeceu o envolvimento do governador Wellington Dias e de toda assistência técnica do Governo do Estado.
Wellington falou que o apoio também será dado por meio da criação de um Fundo Estadual do Caju, que retirará da receita estadual um valor para investir no setor. Esse fundo deve ainda ser votado pela Assembleia Legislativa e garantirá uma continuidade das ações, independente do gestor, seguindo todo o cronograma que está sendo estabelecido.
Para o governador, é necessário que qualificação seja uma das metas do setor. Por isso, tem sido primordial oferecer aos produtores uma formação de acordo com a sua área de atuação. "A raiz é levar o conhecimento ao produtores que estão com a mão na massa", disse Dias.
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