A provação no Senado da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) confirmada nesta quinta-feira (12) por 55 votos a favor e 22 contra não causou surpresa, o resultado desfavorável ao governo já era esperado. Mas um voto chamou a atenção, o do senador Elmano Férrer (PTB/PI), que chegou a anunciar apoio a admissibilidade.
Com a mudança de opinião do "Vein Trabalhador" o placar na bancada do Piauí ficou 2 a 1 contra o impeachment. Regina Sousa (PT) e Elmano Férrer acreditam que não há indícios fortes de que Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal. Já Ciro Nogueira (PP) votou pelo afastamento da presidenta.
"Minha consciência me levou a isso. Digamos, não havia motivos palpáveis e jurídicos que incriminasse a presidente da República pelo crime de responsabilidade. Foi uma decisão muito pessoal, consciente, independente de qualquer conotação partidária ou pressões de qualquer natureza por autoridades daqui", justificou Elmano Férrer,
A mudança de posição se deu em decorrência de longos diálogos que o governador Wellington Dias, com toda sua habilidade política, teve com o senador. As manifestações dos extremistas, que tanto mancham a imagem da esquerda, apenas atrapalharam as conversas. Política é diálogo, não é pichação de muro, revanchismo e maniqueísmo.
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