É das hortas comunitárias que muitas famílias carentes conseguem tirar o sustento diário. Diante disso, pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) estão desenvolvendo um projeto que visa melhorar a produção e minimizar as perdas de produtos cultivados em hortas teresinenses.
O projeto intitulado “Hortas Comunitárias: a possibilidade de desenvolvimento sustentável a partir da desidratação do coentro por meio da pesquisa e da extensão”, é coordenado pelo Prof. Me. Fábio Nóbrega e engloba uma gama de professores da Instituição.
Teresina possui hoje 43 hortas comunitárias e é uma das poucas cidades do mundo que tem mais ou menos 243 hectares de hortas na área urbana. Uma vez que o coentro é a principal hortaliça produzida nesses espaços, nós encontramos no método de desidratação a forma de aumentar o seu tempo de prateleira. Para isso, estamos construindo um Desidratador Convectivo Movido a Energia Solar afim de reduzir o desperdício nessas hortas”, relatou o coordenador.
A execução do projeto
A UFPI está construindo no Laboratório de Energias Renováveis do Centro de Tecnologia (CT) um modelo protótipo do Desidratador Convectivo Movido a Energia Solar, que vai ficar instalado no Núcleo de Estudos e Processamento de Alimentos (NUEPA). A Prefeitura Municipal de Teresina (PMT), também interessada no desenvolvimento dessa tecnologia, vai custear a construção de um aparelho para ser implantado em uma Central de Beneficiamento.
A Central de Beneficiamento será o local onde ocorrerá o processo de desidratação do coentro proveniente das hortas comunitárias e ficará localizada na Central de Abastecimento do Piauí (CEAPI). O projeto inicialmente trabalhará com quatro hortas de Teresina, melhorando a produtividade delas, diminuindo os custos de produção e agregando valor na mercadoria.
As hortas dos bairros Irmã Dulce, Alegria, Geovane Prado e Ave Verde, estão passando por um processo de transformação do plantio tradicional para o plantio orgânico. Os professores envolvidos no projeto estão trabalhando com a organização social dos horticultores, ministrando cursos de capacitação e fortalecendo o espírito corporativista dessas pessoas.
Para o Prof. Me. Fábio Nóbrega, o grande diferencial do projeto é o avanço da tecnologia. “A construção do desidratador movido a energia solar é o alicerce, o diferencial. A partir dessa inovação tecnológica nós vamos conseguir melhorar as condições de trabalho dos horticultores teresinenses”, ressaltou.
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