A Senadora Regina Souza (PT-PI) reuniu-se, na tarde desta terça-feira, no Ministério do Meio Ambiente (MMA) com a secretária de Biodiversidade e Florestas, Ana Cristina Barros, e o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério, Carlos Mário Guedes de Guedes. Durante a reunião, a Senadora discutiu, com os secretários, a importância social, ambiental e econômica das florestas de babaçu incidentes nos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará, e manifestou sua preocupação com a destruição acelerada dos babaçuais da região.
Regina, que foi quebradeira de coco babaçu em sua juventude, destacou o papel fundamental do babaçu no modo de vida de mais de 300 mil mulheres que buscam conservar a espécie e garantir renda para as famílias das comunidades rurais da região. Segundo a parlamentar, a expansão do agronegócio representado pela implantação de pastagens e de grandes lavouras de soja, eucalipto e cana de açúcar tornou-se grande ameaça às florestas de babaçu, à sua biodiversidade e às populações tradicionais que sobrevivem delas.
A senadora pediu apoio do MMA para sua proposta de aperfeiçoar e fortalecer a legislação, de modo a impedir que as palmeiras continuem a ser destruídas pelo desmatamento, queimadas e envenenamento por agrotóxicos. Além de preservar os palmeirais, Regina quer que a legislação ou pactos de sustentabilidade firmados entre os fazendeiros e as populações extrativistas garantam o livre acesso das quebradeiras de coco aos babaçuais, movimentando as economias dessas regiões e preservando práticas tradicionais.
Os secretários Carlos Guedes e Ana Cristina Barros colocaram-se à disposição da Senadora para, em parceria com o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, construírem propostas efetivas de superação das dificuldades enfrentadas pelas quebradeiras em sua luta diária. O Ministério comprometeu-se também em participar da audiência pública que está sendo organizada pela Senadora, no dia 05 de maio, no Senado, para discutir o tema com as próprias quebradeiras, pesquisadores de universidades e autoridades do Poder Executivo.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.