Com a finalidade de colaborar no combate ao mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como a dengue, chikungunya e zika, estudantes, pesquisadores e professores da UFPI e Estácio Ceut, estão desenvolvendo um protótipo de drone que promete fazer o levantamento de focos do mosquito em Teresina e ainda eliminar as larvas localizadas.
Com a direção e orientação da empresa Infoway, especializada em sistemas de gestão, o projeto que apresenta três etapas, está sendo desenvolvido como alternativa no monitoramento de casas e regiões de difícil acesso aos agentes de combate de endemias. Tudo isso possibilitado pelo auxílio da tecnologia.
Durante a primeira apresentação do protótipo na sede da empresa, Pedro de Alcântara, diretor de tecnologia, destacou as principais etapas que levarão consumo final desse veículos aéreos não tripulados.
“Vamos inicialmente levantar casos de suspeitas de doenças transmitida pelo mosquito, através de sistemas de informação e o apoio de ferramentas de inteligência espacional. Depois vamos criar rotas otimizadas para os agentes de combate de endemias, para que seus trabalhos sejam otimizados, traçando rotas específicas em menos tempo. O terceiro passo com a aplicação do drone, por meio do seu sobrevoo, é tentar encontrar locais que tenham focos do Aedes aegypti, para a coleta de imagens que serão automaticamente analisadas em computador. Depois de determinar onde estão os focos, serão colocados um tipo de larvicida também no drone para que faça uma pulverização natural no local”, explica Pedro de Alcântara.
Ricardo de Andrade, pesquisador da área de Sistemas Inteligentes da UFPI, ressalta a importância em parcerias das instituições públicas com o poder privado, que viabiliza a execução de iniciativas como essa.
“A Ufpi sempre desenvolve pesquisas na área de Sistemas Inteligentes, agora queremos além de teorias aplicar esse conhecimento desenvolvido na academia para soluções de problemas reais, que se tornem coisas práticas, envolvendo nossos alunos na produção. Pensando nisso estamos fechando essa parceria com a Infoway, que vai nos ajudar a buscar financiamentos para o projeto”, disse.
Além de sobrevoar os locais de difícil acesso, o drone será adaptado para eliminar as larvas encontradas. O pesquisador da área da computação, Raimundo Neto, é quem coordena as pesquisas e está testando formas de tornar o equipamento mais seguro.
“Estamos desenvolvendo um mecanismo que permite o drone borrifar um tipo de vermicida natural, para eliminar os focos de mosquito. Queremos colocar no mercado um produto que tenha segurança e que seja resistente. Por isso, estamos transformando o protótipo em um produto mais acabado e de qualidade”, explica Raimundo.
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