Os trabalhadores em educação da rede pública estadual voltam a se reunir nesta quarta-feira (17), às 08h, no Clube do SINTE-PI em Teresina para discutir uma contra-proposta para o governo.
O Sindicato de Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) se reuniu ontem (15) com o governo no Palácio Karnak. Na ocasião, a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho ao lado dos secretários de Administração, Franzé Silva; da Fazenda, Rafael Fontelles; do superintendente da Secretaria da Educação, Carlos Alberto e do Controlador Geral da Procuradoria Geral do Estado do Piauí, Nuno Kauê, tratou com os representantes da categoria sobre a proposta de reajuste salarial de 11,36% para professores da rede estadual de ensino.
Para os professores, a proposta permaneceu no parcelamento de três vezes com os percentuais definidos em 4,5% para janeiro, 2,5% em agosto e 4,36% em Novembro; Para os administrativos, o governo propôs reestruturar a tabela dos operacionais, sancionar a lei dos técnicos de nível médio e superior e pagar 2/6 para os técnicos retroativo a janeiro e o restante na tabela de 2017.
“Nós estivemos reunidos com o governador e foi apresentada uma proposta que, na verdade, nós não tivemos condições de levar para assembleia geral porque não foi um bom parecer. O governador ficou de melhorar junto com sua equipe e apresentar uma outra. Inicialmente, só foi apresentada uma proposta para o piso dos professores, mas faltou uma que apresenta benefícios para os funcionários da educação”, informou a presidente do Sinte, Odenir de Jesus.
O secretário de Administração e Previdência Social (SeadPrev), Franzé Silva, explicou que esse encontro para dialogar sob a mesa com os representantes do sindicato é um hábito próprio desse governo, que trabalha com a realidade dentro das possibilidades da receita. “O Piauí já cumpre desde 2015 o pagamento do piso dos professores. O compromisso do governador com a categoria é a aplicação do reajuste de 11,36% mesmo estando acima do piso nacional. Agora, o compromisso tem que ser dentro da realidade porque não adianta assumirmos um acordo que no futuro possa ser descumprido por desequilibrar o estado. O estado conseguiu equilibrar suas finanças em 2015, não prorrogou a tabela de pagamento, pagou o 13º salário dentro do calendário e conseguiu cumprir o funcionamento dos seus serviços essenciais”, disse.
A greve começou nesta segunda-feira (15), dia marcado para o início das aulas. Levantamento da Seduc apontou que apesar do movimento, 66% das escolas estaduais funcionaram normalmente.
“Esperamos que haja bom senso. Que as negociações prossigam, mas sem haver a quebra no calendário escolar. É muito prejudicial aos alunos”, comentou o superintendente de Ensino da Seduc, Carlos Alberto.
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