Uma das questões que mais preocupam o Comitê de Operações de Emergências em Saúde Pública do Piauí/Microcefalia, responsável pela elaboração do plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunyia, é a falta de registro dos dados epidemiológicos de 122 dos 224 municípios piauienses.
“Dessa forma, ficamos no escuro. A falta dessas informações leva a um déficit gigantesco de acertos das ações planejadas, já que não sabemos, de fato, a realidade em que nos encontramos”, disse a coordenadora de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, Amélia Costa.
Como tentativa de sanar a falta de registro de dados epidemiológicos dos municípios, a força tarefa formada pelo Governo e a sociedade civil em reunião no último dia 27 de novembro, no Palácio de Karnak, propôs ao Ministério Público parceria no sentido dos promotores entrarem nessa frente e conseguir a adesão dos secretários municipais no fornecimento desses dados epidemiológicos.
“Este é o momento de discutir a questão na presença das autoridades, das lideranças, dos profissionais de saúde e dos meios de comunicação. Vamos trabalhar para que as escolas, os hospitais e as pessoas possam cuidar de evitar a proliferação dos mosquitos”, explicou o governador Wellington Dias.
Estão envolvidos na força tarefa de combate ao Aedes Aegypti a Associação Piauiense de Municípios (APPM), as secretarias de Estado, Ministério Público, Departamento de Trânsito do Piauí (Detran), Corpo de Bombeiros, Conselho Estadual de Saúde (Cosems-PI), Exército, Polícia Militar, Controladoria Geral do Estado, instituições de ensino superior, Agência de Desenvolvimento Habitacional do Estado (ADH) e conselhos de Classe ( Coren, CRM, etc.).
No último boletim da dengue, divulgado pela Secretaria da Saúde, foram notificados 7.534 casos suspeitos de dengue, dois de chinkungunya e três de zika. E até o dia 25 de novembro de 2015, foram identificadas 36 crianças nascidas com microcefalia.
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