As pessoas com deficiência vêm alcançando vitórias, após terem conseguido entrar na pauta das políticas públicas no Piauí. Mas quando a deficiência é nanismo, o quadro muda de figura. Essa constatação foi feita pela vereadora de Teresina Graça Amorim (PTB) que, após verificar a completa falta de ações e até mesmo de dados estatísticos sobre pessoas anãs, decidiu realizar uma audiência pública para chamar a atenção e buscar soluções que facilitem a vida deste grupo.
A audiência será nesta terça-feira (17), às 10h, na Câmara Municipal de Teresina e contará com autoridades cujas áreas de trabalho se relacionam ao tema. Além dos problemas que tem relação com a pequena estatura dos anões, o debate se ampliará para a falta de acessibilidade das demais pessoas com deficiência.
"O que é considerado mais grave é que o IBGE não considera esta parcela da população. Os censos realizados não contêm o número de pessoas anãs no Brasil. E o resultado disso é que o país não sabe o número de anões que tem. Como trabalhar políticas públicas para uma população que se desconhece?", questiona a Vereadora Graça Amorim.
Quem vive esta situação, sabe como é dramático ter que passar diariamente por situações inusitadas e muitas vezes vexatórias. A servidora pública Laura Marques é uma dessas pessoas. "Nos supermercados, as prateleiras são altas demais; nos ônibus, além da altura dos degraus, que dificultam a subida e a descida, quando a campainha de botão não funciona, é necessário recorrer à solidariedade de desconhecidos para pedir parada; nas agências bancárias, é quase impossível utilizar sozinho o caixa eletrônico. Isso sem falar na escassez de orelhões adaptados, nos degraus altos de escadas e tantas outras situações", conta a anã.
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