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Domingo, 17 de novembro de 2024
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15/07/2015 - 16h33

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15/07/2015 - 16h33

Senadores apoiam negociação para fim de greve nas universidades federais

A senadora Regina Sousa (PT/PI) presidiu a reunião na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

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Audiência pública interativa foi realizada nesta quarta-feira, 15, para debater a valorização da educação e dos trabalhadores da área na Comissão de Direitos Humanos do Senado. A senadora Regina Sousa presidiu a reunião que teve a participação de representantes do Ministério da Educação e Cultura (MEC), ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), FASUBRA (Federação das Universidades do Brasil) e SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica). 


Universidades federais e escolas técnicas federais estão em greve desde o dia 28 de maio em defesa do aprimoramento de carreira e negociação pela campanha salarial. A categoria reivindica um reajuste de 27,3% com base em estudos do DIEESE.


Ficou acertado, por meio do diretor de Políticas e Programas de Educação Superior do MEC, Dilvo Ristoff, que uma comissão de sindicalistas será recebida ainda na tarde de hoje para tratar da pauta dos trabalhadores."Queremos principalmente a reposição das perdas salariais dos últimos anos e a implantação do plano de carreira, aprovado há dez anos pelo Congresso Naciona", destacaram, ameaçando deflagrar uma greve geral no setor educacional caso as negociações não avancem.


Representantes da Fasubra, Jorge Fernandes e Rogério Marzola, criticaram a prioridade dada pelo governo à abertura de vagas no ensino superior privado, e consideraram "absurdo" que o setor educacional - responsável por 3% do total dos investimentos orçamentários - sofra com o contingenciamento de recursos enquanto bilhões continuam a ser destinados para juros e amortização da dívida pública, que abarcam 47% do Orçamento da União.


"A luta faz a lei", declarou a senadora Regina Sousa com uma frase que, para ela, é marcante na sua atuação junto aos movimentos sindicais e populares. Ela clamou pela participação social (entidades sociais, sindicais, Igreja, dentre outras) nos debates feitos pelo Congresso Nacional e lamentou o desconhecimento do povo com relação à pauta em debate na Casa "conservadora e retrógrada", definiu.

MEC


O diretor do MEC, Dilvo Ristoff, destacou que o Governo Federal trabalha para que o país, em cinco anos, passe a investir na Educação 7% do Produto Interno Bruto (PIB) e, em dez anos, 10% - cumprindo assim as metas estabelecidas pelo Plano Nacional da Educação (PNE).


Ele ressaltou ainda que os investimentos nas universidades federais passaram de R$ 7 bilhões em 2003 para R$ 27 bilhões em 2012, o que no seu entender demonstra que o governo valoriza o ensino superior público. Defendeu também a abertura de vagas no ensino superior privado por meio do Prouni. "São 430 mil estudantes atendidos a cada ano, em relação a 100 mil nas federais. É preciso deixar claro que esta é uma política pública bem-sucedida", afirmou


O representante do MEC acrescentou ainda que o governo continuará valorizando políticas voltadas para a inclusão de negros, pardos, estudantes de menor poder aquisitivo e oriundos de escolas públicas nas universidades. Segundo ele, o ministério possui estudos que demonstram que o perfil do universitário sofreu uma enorme mudança nos últimos dez anos.

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