Apesar de não ter sido o setor de maior crescimento inflacionário no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrado no mês de janeiro, a Alimentação é o grupo de maior peso na estrutura financeira de uma família e, exatamente por isso, de maior influência nas pesquisas sobre Inflação realizada no país. Por conta disso, não raro se percebe o crescimento desse índice em Teresina seguindo o aumento de preço nos produtos alimentícios. Em janeiro, foram o feijão, a carne de 2ª, as frutas e o café os responsáveis pela inflação de 0,34% registrada pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), órgão oficial responsável pela pesquisa no Estado.
Segundo o economista da Cepro, Manuel Moedas, esses foram os únicos produtos dentre os itens pesquisados a terem aumento inflacionário no mês de janeiro. “Nós tivemos queda em quase todos os produtos: açúcar, arroz, farinha de mandioca, leite, margarina, óleo vegetal e as verduras; porém o aumento de produtos como a carne bovina, feijão e as frutas fez com que o valor inflacionário geral para o setor alimentos subisse”, analisa. Segundo ele, o pão foi o único produto a ter seu valor estagnado em janeiro (0%).
A Cesta de Produtos Básicos, definida nos termos do Decreto-Lei nº 399 de 30 de abril de 1938, é considerada o principal elemento de avaliação do poder de compra do salário mínimo e custou ao teresinense, ao longo do mês de janeiro de 2015, a importância de R$ 265,86. “É importante ressaltar que os produtos constantes da cesta básica, para serem adquiridos pelo trabalhador que vive exclusivamente do salário mínimo, comprometeram no mês de janeiro de 2015, um percentual de 33,74% de seu valor absoluto”, explica o economista.
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