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10/02/2015 - 16h54

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10/02/2015 - 16h54

Wellington queria que a Alepi se ajoelhasse aos seus pés, diz Evaldo Gomes

Deputado do PTC diz que foi humilhado pelo governador.

 Redação

Deputado Evaldo Gomes (PTC)

 Deputado Evaldo Gomes (PTC)

O deputado Evaldo Gomes (PTC) disse, nesta terça-feira (10), que foi humilhado e constrangido pelo governador Wellington Dias (PT), ontem (9) à noite, após ter sido chamado por ele ao Palácio de Karnak. Ele afirmou que, após considerá-lo traidor e infiel por ter votado contra seu candidato, deputado Fábio Novo, líder do PT, para presidente da Assembleia Legislativa, Wellington Dias pediu que mentisse ao sugerir que seu aliado, o, então, presidente da Companhia do Metropolitano de Teresina, Luiz Mauro, assinasse uma carta renunciando ao cargo por motivos pessoais, quando ele, o governador, já o havia demitido.

 

Evaldo Gomes, que fez o discurso por escrito, disse que a conversa com o governador foi acompanhada por Luiz Mauro e a secretária de Wellington Dias, que não revelou o nome. Ele garantiu que votou no deputado Fábio Novo, citando como testemunhas os deputados Gustavo Neiva, líder do PSB, e Fábio Xavier (PR), e que, apesar de não integrar mais a base governista, adotará uma linha de independência, não fará uma oposição raivosa e votará a favor das proposições que beneficiem a população piauiense.

 

O parlamentar do PTC declarou que Wellington Dias ficou triste com a derrota de Fábio Novo, porque queria que a Assembleia Legislativa estivesse ajoelhada aos seus pés e salientou que, através de uma decisão soberana, os parlamentares escolheram o deputado Themístocles Filho (PMDB) para continuar na presidência do poder pelos próximos dois anos. Ele assegurou que não pediu cargos ao governador e que foi chamado por ele ainda no final de 2014 para integrar a sua base no Poder Legislativo.

 

Acrescentou Evaldo Gomes que Fábio Novo esperava obter 19 votos, mas só conseguiu 14, e que vai aguardar como o governador agirá em relação aos outros deputados que, supostamente, não teriam mantido o compromisso de votar no parlamentar petista. Ele frisou que pode ter sido usado como bode expiatório e que o governador tentou enxovalhar a sua imagem sem provas, porque a votação realizada na Assembleia Legislativa foi secreta. “Tenha coragem e seja homem, governador, para exonerar os ocupantes dos cargos desses deputados”, acentuou ele.

 

Evaldo Gomes assinalou que o Ministério Público fez denúncias de irregularidades que teriam sido cometidas pelo governador durante a campanha eleitoral, como abuso do poder econômico, assinalando que ele tem direito a ampla defesa.

 

Em aparte, o deputado Marden Menezes (PSDB), vice-presidente da Assembleia, disse que Evaldo Gomes foi vítima de uma retaliação vergonhosa e o deputado João Madison, líder do PMDB, afirmou que ficou surpreso com a atitude do governador, que se diz cristão, mas humilha as pessoas. O deputado Gustavo Neiva destacou as qualidades de Evaldo Gomes, assinalando que ele é um político vitorioso. Evaldo Gomes ressaltou, ao finalizar seu pronunciamento, que o governador deveria ter sido mais humano, dando-lhe direito de defesa.

Redação

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