Na próxima semana, o Internacional lançará uma nova campanha de marketing que terá papel vital no futuro do clube. Com a peça, o Colorado quer atrair sócios, ampliar a receita que já obtém e garantir independência financeira da TV Globo. Mesmo depois do reajuste contratual previsto para o ano que vem, a projeção vermelha é conseguir até R$ 8 milhões/mês com a torcida e superar em mais de 60% a cota de televisionamento.
Atualmente o Inter tem 104 mil sócios adimplentes e receita mensal de aproximadamente R$ 5,5 milhões com o setor. A campanha de marketing, vinculada à estreia na Libertadores, tentará elevar o número de torcedores em 30%. Se der certo, serão até R$ 96 milhões/ano nos cofres do Beira-Rio.
O atual contrato com a Globo prevê, segundo o Inter, aumento de cota no ano que vem, saltando dos atuais R$ 37 milhões para R$ 60 milhões. O plano vermelho, contudo, já considera o reajuste.
"O quadro social é o nosso plus, é a nossa ferramenta para aumentar a receita do clube e criar uma aproximação com aqueles que recebem mais da TV. A ideia é ampliar o número de sócios e dar este salto, com isto vamos conseguir até a cota do ano que vem", disse Pedro Afatatto, vice de finanças do Internacional. "Se conseguirmos 50 mil novos sócios neste ano será maravilhoso, mas não dá para ter um número mágico. Iremos medindo ao longo do caminho", indicou Luiz Fernando Nuñez, vice de marketing do clube.
A inadimplência também será atacada com a peça promocional. Hoje, cerca de 12% dos sócios do Inter não pagam em dia as mensalidades. Eles estão fora da projeção de crescimento. Assim, caso haja aumento de 30% (cerca de 30 mil novos associados), os 'novos velhos' sócios ainda poderão incrementar a receita, aumentando ainda mais o potencial de expansão. "Entram sócios, saem sócios e a gente tem de ter cuidado com a inadimplência. O número mágico é aquele que permite atenção especial para todo mundo", comentou Nuñez.
Durante a campanha eleitoral, em dezembro, Vitorio Piffero chegou a falar em um orçamento de R$ 300 milhões para o Internacional – suportando folha salarial no futebol de até R$ 15 milhões. Estes números, que ainda não saíram do papel, deverão ser apresentados em março no Conselho Deliberativo do clube. A nova diretoria afirma que o clube encerrou 2014 com déficit de aproximadamente R$ 57 milhões, inclusive com parte das receitas deste ano já antecipadas. Os integrantes da antiga cúpula negam os números e apresentarão, também no próximo mês, o balanço final da gestão Giovanni Luigi.
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