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06/02/2015 - 12h34

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06/02/2015 - 12h34

Romário quer usar carro com a placa 11. Mas vai ter que convencer Collor

Ele ostentou o 11 em praticamente todos os momentos marcantes de sua carreira no futebol.

 Uol

Romário está em seus primeiros dias como senador pelo PSB-RJ (Pedro Ladeira/Folhapress)

 Romário está em seus primeiros dias como senador pelo PSB-RJ (Pedro Ladeira/Folhapress)

Romário chegou há pouco no Senado Federal, mas já quer sentar na janela. Ele tomou posse no domingo, 1º, e tratou de montar um ambiente familiar em sua volta em Brasília. Escolheu o gabinete 11 no Anexo II do Congresso Nacional. Para completar, pediu que o carro a quem tem direito circulasse por Brasília com a placa preta de número 11.

 

Ele ostentou o 11 em praticamente todos os momentos marcantes de sua carreira no futebol. Foi com a camisa 11 da seleção brasileira que ele foi peça-chave na conquista do título mundial de 1994, após 24 anos de dissabores em Copas do Mundo.

 

Por este motivo, o estafe do ex-jogador foi ao serviço de transporte da casa para descobrir quem era o atual dono da 11 no Senado e ouviu que ela pertencia ao ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB), senador reeleito por Alagoas. O jornal Correio Braziliense publicou que Romário, ao receber esta informação, avisou: "Deixa para lá".

 

No gabinete de Collor só um comentário foi feito: "Isso é mais um daqueles folclores do Senado", disse ao UOL EsporteJoubert Santana, chefe de gabinete. Segundo ele, Collor é dono da 11 do Senado desde que assumiu a cadeira pela primeira, em 2007.

 

A assessoria do Baixinho garante que ele se mantém interessado na placar do ex-presidente.

 

Gabinete especial


Romário e sua equipe de assessores estão instalados em um dos gabinetes de maior valor sentimental e histórico de todo o Congresso. Ali, no 11 do Anexo II, despacha o educador Darcy Ribeiro, então senador pelo Rio, em meados dos anos 1990. Certa feita, ele recebeu a visita de Oscar Niemeyer.

 

Conta o "folclore do Senado" que Niemeyer, entendiado com a demora de Ribeiro para atendê-lo, usou um pincel atômico e passou a desenhar algumas de suas obras na parede da sala. Estão lá rabiscos de algumas obras de sua autoria como a Marquês de Sapucaí, no sambódromo do Rio, o Memorial da América Latina, em São Paulo, a UnB, a Universidade de Argel, na Argélia. E um recado de Niemeyer a Darcy Ribeiro: "Para Darcy, meu irmão que contribuiu definitivamente para todos esses projetos. Oscar."

Uol

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