A alimentação, mais precisamente a cesta básica, é considerada em termos legais o principal elemento de avaliação do poder de compra do salário mínimo e foi, também, a responsável pelos maiores aumentos no ano de 2014. Carne bovina, café, feijão, pão, farinha de trigo, frutas, verduras, margarina. O que fazer para controlar esses gastos e diminuir o peso desse setor no bolso do consumidor?
De acordo com o economista da Fundação Cepro, Manuel Moedas, a melhor forma de controlar esses aumentos é com a substituição dos produtos. “Tivemos em 2014, com produtos como a carne bovina, margarina e óleo, um comportamento semelhante ao que antes tínhamos com o tomate e a farinha de mandioca; porém com a procura diminuída desses dois últimos no decorrer de 2014, os fornecedores tiveram que baixar os preços e o que vemos é uma queda significativa desses produtos recentemente”, explica.
Para o profissional, outros fatores como o aumento no valor dos insumos que compõem esses itens em sua produção também influenciam no preço final, no entanto a melhor regra para controle dos preços do mercado continua a da oferta e da demanda. “Para isso o consumidor precisa se programar e se reorganizar financeiramente com a família. Substituir produtos por conta de preços é um meio”, aponta Manuel Moedas.
Inflação
O Índice de Preços ao Consumidor (Custo de Vida) calculado pela Fundação Cepro para a cidade de Teresina, acumulou durante o ano de 2014 aumento médio de 7,47%, valor acima da média nacional (6,41%). Segundo os pesquisadores, os produtos e/ou serviços que apresentaram altas mais significativas em 2014 foram: energia elétrica (24,93%), carne bovina de 2ª (16,81%), mensalidades escolares (8,65%), fogão à gás (7,95%), camisas (5,93%), pão (4,38%) e gasolina (3,92%).
De acordo com o economista Manuel Moedas, o destaque para o acumulado do ano de 2014 ficou com a energia elétrica, que aumentou 24,93%, onerando o bolso do trabalhador e gerando uma alta inesperada no setor de Habitação. “Esse reajuste ocorrido no segundo semestre do ano passado elevou um dos setores menos onerantes para o primeiro lugar do grupo de pesquisa dentre os que mais prejudicaram o bolso do teresinense e influenciou significativamente no cálculo final do IPC”, explica ele. Que completa: “É importante o consumidor se programar neste ano para novos reajustes nesse setor e fazer um controle de gastos e de uso da energia elétrica para não ser pego de surpresa”.
2015
Outro produto analisado pelo economista é o combustível. Segundo ele o reajuste nos combustíveis em Teresina é fato certo para os próximos meses devido ao aumento do valor do barril de petróleo no Brasil. “De certo que já percebemos um aumento gradativo do combustível em Teresina nos últimos dois meses, porém ainda haverá ajustes mais severos nos próximos meses”, explica Manuel Moedas.
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