A Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Teresina, realizada no final de outubro pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a FECOMERCIO Piauí, através do Instituto FECOMERCIO de Pesquisa e Desenvolvimento do Piauí revela que 56,2% das famílias da capital possuem dívidas com cartão de crédito, carnês de lojas, financiamento de casa, financiamento de carro, crédito pessoal, cheque especial, cheques pré-datado, e crédito consignado.
O resultado é 2,43% menor que o apurado em setembro deste ano (57,6%) e - 13,27% ao verificado em outubro do ano passado (64,8%)
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas alcançou 6,8%, enquanto a fatia que considerou mais ou menos endividados é de 23,1%.
Os instrumentos de crédito mais utilizados pelas famílias são os cartões de crédito (81,8%) e carnês de lojas (21,1%), seguidos por financiamentos de casa (3,3% ), financiamento de carro (3,1% ), crédito pessoal (1,7%), cheque especial (0,5%), cheque pré-datado, crédito consignado (0,4%) e outras dívidas (1,8%).
Mais da metade das famílias endividadas comprometem acima de 50% com dívidas, 33,4% dos entrevistados comprometem de 11% a 50% e apenas 5,1% dos consumidores ouvidos na pesquisa comprometem até 10% da renda com dívidas. O levantamento apurou que o período médio de atraso no pagamento das dívidas é de 60,8 dias. Mas 23,1% dos entrevistados revelaram que estão com contas em atraso até 30 dias; 39,4% afirmaram que os atrasos referem-se ao intervalo de 30 a 90 dias e 37,4% afirmaram terem débitos em atraso de até 90 dias.
O percentual de famílias que declararam na pesquisa não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso, em outubro, atingiu 6,0% tendo sido aumentado em 1,7 pontos percentuais na comparação com setembro e 1,9 sobre outubro de 2012.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Piauí, Valdeci Cavalcante, esta é considerada a maior inadimplência desde abril deste ano quando foram atingidos 6,1%. Mas apesar da alta inadimplência, ele enfatiza que as perspectivas são boas para as vendas no varejo, neste final de ano por conta do 13º salário onde a maioria dos endividados usa o dinheiro para quitar dívidas e contrair novos financiamentos.
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