A Cajuína do Piauí recebeu na última semana o selo de Indicação Geográfica, IG, emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, INPI. Na ocasião, produtores e analistas do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, comemoram a oficialização do registro.
Segundo o produtor de cajuína, Josenilton Vasconcelos, a IG fortalecerá a imagem da bebida , além de ser uma forma de padronizar processos e elevar a qualidade do produto.
“A oficialização dessa Indicação Geográfica foi resultado de um amplo trabalho dos produtores juntamente com o Sebrae. A IG proporcionará agregação de valor ao produto e a inserção da bebida em novos mercados”, comenta Josenilton.
A IG foi requerida pela União das Associações, Cooperativas e Produtores de Cajuína do Piauí, Procajuína, com o auxilio do Sebrae no Piauí.
A bebida piauiense terá o selo de Indicação de Procedência, que é uma das espécies da Indicação Geográfica.
“A Indicação de Procedência é caracterizada por ser o nome geográfico conhecido pela produção, extração ou fabricação de determinado produto, ou pela prestação de dado serviço, de forma a possibilitar a agregação de valor quando indicada a sua origem, independente de outras características. Com a IG, a cajuína obtém um grande diferencial. Esse resultado positivo se deve ao esforço articulado do Sebrae no Piauí e dos produtores de cajuína”, comenta a gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios do Sebrae no Piauí, Geórgia Pádua.
A IG funcionará como uma grife que dará identidade própria e distinguirá sua qualidade diferenciada. A Indicação será um instrumento de propriedade industrial que associará o nome do produto ao nome do Estado.
O selo da IG é ainda uma certificação do respeito que os produtores têm em relação aos valores ambientais e sociais, o que fomentará o acesso do produto a novos mercados, além de beneficiar maior número de cajucultores.
A IG Cajuína do Piauí será propriedade dos produtores e das agroindústrias piauienses que fabricam a bebida. Por meio dessa marca, as empresas preservam a tradição do método artesanal de fabricação, seus produtos entram em novos mercados e adquirem notoriedade.
“A IG disseminará entre os empreendedores o conceito de gestão coletiva e responsabilidade na produção”, acrescenta Geórgia.
Para que o registro junto ao INPI fosse deferido, o Sebrae no Piauí e outras entidades parceiras articularam ações de sensibilização, organização e capacitação dos produtores, além de viabilizarem estudos sobre as características da cajuína e sua relação com o ecossistema da região produtora.
Atualmente o Brasil possui diversas Indicações Geográficas entre as quais se destacam o Vinho do Vale dos Vinhedos, o Café do Cerrado Mineiro, a Carne do Pampa Gaúcho, os Doces de Pelotas e a Cachaça de Parati.
“Quem saborear a Cajuína do Piauí, estará experimentando um produto de qualidade e que carrega consigo peculiaridades e formas de produção que são únicas e diferentes de qualquer outra cajuína”, finaliza Geórgia.
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