Ausente das polêmicas desde a Copa do Mundo no Brasil, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, está de volta. Em entrevista ao site da entidade, ele negou que o uso de campos de grama sintética no Mundial feminino, em 2015, no Canadá, seja “discriminação de gênero”, como alegam as principais jogadoras do planeta, com ação coletiva na Justiça canadense para exigir gramados naturais na competição.
Segundo o dirigente, não é discriminação com as moças, porque “o gramado sintético também será adotado na Copa masculina no futuro”.
— Pode ser mais cedo do que se imagina a adoção de campos artificiais também na Copa do Mundo masculina — disse.
Entre as 40 jogadoras que entraram com ação na Justiça, estão a brasileira Marta e a atual melhor do mundo, a alemã Nadine Angerer. Elas argumentam no processo que “a grama artificial traz riscos para a segurança das atletas e muda a maneira de jogar”. Até hoje, todas as Copas Fifa, masculina e feminina, nas diversas categorias, foram disputadas em gramados naturais.
— Garanto que os gramados serão do melhor padrão internacional, não só nos estádios que receberão os jogos, mas também nos locais de treinamento — afirmou Valcke. — Contratamos especialistas em campos sintéticos e faremos testes técnicos para monitorar e verificar a qualidade da grama artificial.
O secretário-geral disse que “há muitos anos” qualquer país candidato a organizar eventos da Fifa, para homens ou mulheres, “já tem direito de propor a disputa em gramado artificial, desde que seja da melhor qualidade e que a mesma superfície seja usada em todos os locais de competição e treino”.
Segundo Valcke, o clima no Canadá foi a justificativa para o uso da grama sintética:
— O clima no Canadá é extremo. Seria muito difícil assegurar campos bons com grama natural em todas as sedes — alegou.
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