O transporte coletivo de Teresina está passando por uma transformação para tentar melhorar a prestação desse serviço, que se encontra um caos na capital. O primeiro passo para essa mudança foi a licitação das linhas de transporte público, uma reivindicação antiga dos teresinenses. As empresas terão noventa dias para implantar o novo sistema e, a partir de então, passarão por um monitoramento que vai permitir o controle do horário das viagens de cada ônibus e o tempo gasto nos percursos. Uma das preocupações da Prefeitura é diminuir o tempo de espera do passageiro na parada de ônibus.
Outra vantagem da licitação é a exigência de carros novos operando na capital. O contrato estabelece que os veículos não podem ter idade média superior a seis anos de uso, a fim de oferecer mais conforto a quem se utiliza do transporte coletivo.
Mas é bom esclarecer que a licitação é apenas uma parte do novo projeto de transporte coletivo de Teresina, projetado pelo Plano Diretor de Transportes Públicos. O projeto estabelece um novo formato, mais moderno, ágil, e planejado para tornar os deslocamentos mais racionais.
O sistema funcionará em rede, com linhas alimentadoras, ligando os bairros mais distantes aos terminais de integração; linhas troncais, conectando os terminais de integração para o centro em corredores, e ainda as linhas interterminais, entre os diversos terminais de integração. Na prática, toda essa engenharia vai proporcionar uma economia de tempo significativa para os passageiros, como explica o Diretor de Transporte Público da STRANS, Ricardo Freitas. “As linhas que vêm dos bairros mais distantes levarão os passageiros para os terminais de integração, de onde sairão ônibus com muita frequência para o centro, reduzindo o tempo de espera do passageiro”, explica.
Serão implantados corredores exclusivos nas Avenidas Frei Serafim, Miguel Rosa, Barão de Gurguéia, Duque de Caxias e Rui Barbosa. “Os corredores segregados darão maior fluidez e segurança na circulação dos coletivos. Com isso, o usuário terá mais rapidez no deslocamento e mais alternativas para chegar ao seu destino”, esclarece Ricardo Freitas.
Essas obras dos corredores e terminais de integração devem ficar prontas, no máximo, em dois anos. Até lá, o sistema será operado de forma transitória, mas já com uma melhora na qualidade do serviço, em função das novas exigências contidas na licitação.
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