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13/07/2014 - 22h48

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13/07/2014 - 22h48

Falta de acessibilidade atrapalha rotina de deficientes visuais em Teresina

Membros da Associação dos Cegos do Piauí relatam dificuldades enfrentadas nos entornos da entidade

 Gustavo Almeida, do Liberdade News

Deficientes reclamam da falta de planejamento adequado nas ruas. (Foto: Gustavo Almeida/LN)

 Deficientes reclamam da falta de planejamento adequado nas ruas. (Foto: Gustavo Almeida/LN)

Um grande número de pessoas com deficiência visual trafega diariamente pela rua Beneditinos, no bairro São Pedro, zona sul de Teresina. O motivo da grande presença de cegos na área é a Associação dos Cegos do Estado do Piauí (Acep), entidade com quase dois mil associados que luta pelos direitos das pessoas com deficiência visual no estado.

Criada em 1967, a Acep desenvolve diversos serviços para proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas que não conseguem enxergar. Mas, exemplos de desrespeito a essa parcela da sociedade podem ser vistos bem perto da própria entidade. A rua Beneditinos possui diversas barreiras que dificultam o dia a dia dos membros da Associação.

Obstáculos atrapalham deslocamento por calçadas (Foto: Gustavo Almeida/Liberdade News)

São calçadas altas, esgotos a céu aberto, buracos na rua e até uma parede erguida no meio de uma calçada. Segundo Isaías Pereira, diretor de Educação e Cultura da Acep, diversos acidentes já foram registrados nos entornos da Associação. “Já tivemos pessoas que levaram quedas, tropeçaram, bateram a cabeça em orelhões. O mais comum aqui é meter o pé nos esgotos”, relata.

Isaías afirma que falta planejamento adequado para as ruas. De acordo com ele, a Associação já cobrou diversas vezes da Prefeitura de Teresina uma solução para os problemas. Ofícios já foram enviados, mas até agora nenhuma solução efetiva foi dada. “Eles [governantes] afirmam que estão trabalhando, mas está muito lento”, conta.

Esgotos a céu aberto são as barreiras mais comuns (Foto: Gustavo Almeida/Liberdade News)

Para quem anda pela rua quase todos os dias, a demora incomoda bastante. É o caso de Antônio Carlos Roseno (46), completamente cego há 30 anos. “É difícil, somos obrigados a andar pelo meio da rua e esses esgotos atrapalham demais”, desabafa, acrescentando que carros estacionados de forma incorreta também são um tormento na rua.

Procurada para falar sobre as cobranças feitas pela Acep, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano da Zona Sul (SDU-SUL) informa que somente o superintendente Edson Melo poderia falar sobre os problemas de acessibilidade. Ele não estava na sede do Órgão quando a reportagem o procurou.

Gustavo Almeida, do Liberdade News

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