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20/06/2014 - 10h33

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20/06/2014 - 10h33

“Próximo jogo é nossa final de Copa do Mundo”, diz goleiro Julio Cesar

Apesar de empate contra o México, jogador acredita que a Seleção Brasileira evoluiu em termos de atitude.

 Portal da Copa

O camisa 12 se sente recompensado pelo carinho dos torcedores (Foto: Getty Images)

 O camisa 12 se sente recompensado pelo carinho dos torcedores (Foto: Getty Images)

O Brasil virou sobre a Croácia (3 x 1), tropeçou numa muralha chamada Ochoa diante do México (0 x 0) e tem uma partida decisiva na próxima segunda-feira (23.06) contra a já eliminada seleção de Camarões. O time se reapresentou nesta quinta-feira (19) em Teresópolis (RJ) e começou a se concentrar para o que o goleiro Julio Cesar classificou como uma decisão.

“É uma seleção fisicamente forte. Independentemente de estar eliminada vai querer mostrar serviço. Todo mundo quando joga com o Brasil se dedica mais. O próximo jogo é nossa final de Copa do Mundo. Temos que entrar com a mesma seriedade dos últimos jogos para ficar em primeiro do grupo”, afirmou Julio Cesar em entrevista coletiva após o treinamento na Granja Comary. “Passar em primeiro é o nosso objetivo. Procuramos fazer sempre o melhor. Não pensando em fugir de A ou B. Passar em primeiro do grupo traz confiança. Isso é o mais importante.”

O goleiro explica que, se não trouxeram os melhores resultados possíveis, os dois jogos que a Seleção Brasileira já fez na Copa do Mundo ocasionaram uma evolução. “A gente está se comportando bem. Saímos atrás da Croácia e viramos o jogo. Agora contra o México não perdemos a cabeça contra uma equipe muito bem preparada e o goleiro fez a partida da vida dele. São situações adversas que não havíamos enfrentado nos amistosos e na Copa das Confederações. Foram dois jogos que serviram para dar mais maturidade para este grupo.”

Julio Cesar acredita que a Copa das Confederações foi um divisor de águas para o atual elenco da Seleção Brasileira, tanto para o lado positivo quanto para o negativo. Se o time encontrou um padrão de jogo, ganhou o apoio do torcedor e levou um título importante, também acabou chamando a atenção dos treinadores adversários, que passaram a armar equipes que respeitam mais o Brasil do que antes da campanha vitoriosa do ano passado.

“No início da Copa das Confederações, o time ainda não tinha uma identidade. Muitas equipes não respeitavam o Brasil como hoje. Pelo que apresentamos lá, mudou tudo. Hoje entram respeitando, se defendendo muito. Naquela competição a gente conseguiu gol no inicio em todas as partidas e isso facilitava para nós. Hoje é diferente e temos de descobrir maneiras de enfrentar as dificuldades”, disse o camisa 12.

Carinho da torcida

Julio Cesar talvez seja o jogador mais contestado da equipe brasileira. Depois de protagonizar uma falha que custou a eliminação do Brasil da Copa do Mundo de 2010, o goleiro teve problemas para se firmar como titular no Queens Park Rangers, da segunda divisão inglesa. Acabou se transferindo para o Toronto FC, clube da pouca tradicional Major League Soccer, dos Estados Unidos. Nesta quinta-feira, no entanto, foi um dos mais festejados por cerca de 300 torcedores que esperavam os jogadores.

“Eu me preparei muito para essa Copa do Mundo, mesmo com alguns críticos não tendo concordado com minha ida para uma liga teoricamente mais fraca. Acho que estou trabalhando bem. Na primeira partida fiz defesa importante, agora contra o México a mesma coisa. Isso é importante para um goleiro. Estou bem física e psicologicamente, preparado para os momentos que a seleção precisar”, explicou o goleiro.

O camisa 12 se sente recompensado pelo carinho dos torcedores. “Para mim, isso é muito importante devido a tudo que foi falado antes da Copa. Existem muitos pontos de interrogação em relação ao meu trabalho. As boas atuações fazem com que algumas pessoas comecem a eliminar esses pontos de interrogação”, disse Julio Cesar. “Aquelas pessoas que estavam tendo uma visão duvidosa em relação ao meu trabalho começam a mudar de opinião. Eu quero ser campeão do mundo e comemorar com todo mundo, até os críticos. Não quero responder a ninguém.”

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