O presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, afirmou que determinou a saída da equipe de campo, durante jogo contra o Joinville, nesta sexta-feira, em Santa Catarina, pela primeira rodada da Série B, porque se sentiu pressionado. Disse que poderia ser preso se descumprisse a liminar em vigor, que devolve os pontos perdidos no ano passado à Lusa. Com essa decisão da Justiça, a equipe rubro-verde permanece na Série A.
Lico faz questão de deixar claro que era contra a Portuguesa boicotar a primeira rodada da Série B. Por isso, sugeriu à CBF o adiamento da partida. No entanto, a entidade não atendeu a seu pedido e ele se viu sob ameaça. Por isso, pediu para o time deixar o gramado.
Ele explica que estava em sua casa, em São Paulo, com familiares. No momento em que a Lusa entrou em campo, um oficial de justiça entrou em contato com ele afirmando que o clube estava descumprindo uma determinação judicial e, por isso, ele poderia ser preso. Uma queixa-crime
- Tentei cancelar a rodada com a CBF, mas não consegui. Sabia que isso iria acontecer. O oficial de justiça falou dos riscos, inclusive que eu poderia ser preso. Então, pedi para tirar (o time) de campo.
Advogado contratado pela Portuguesa desde dezembro para cuidar do caso, Daniel Neves está em Brasília com a família e optou por nem assistir ao jogo quando foi informado de que a equipe entraria em campo, contrariando a orientação jurídica.
Informado sobre a confusão, ele disse não ter entendido a decisão do presidente Ilídio Lico de mandar o time para o jogo, e depois ter voltado atrás. Mas culpou a CBF, que não atendeu o pedido de adiamento da partida, pelo ocorrido.
- Tudo deu no que deu por uma prepotência monstruosa da CBF. Ontem, ela foi informada dessa situação. A saída mais sensata era adiar o jogo, até porque a Portuguesa não fez nenhum pedido impossível. Não pediu para cancelar a rodada ou disputar a Série A. A CBF poderia ter resolvido, mas ela vai até o fim, ignora decisão judicial, não tem tato, o mínimo de sensibilidade.
Neves não entende que a Lusa possa ser prejudicada caso a liminar seja cassada nos próximos dias. Em sua visão, a decisão judicial em vigor no momento foi cumprida. Caso haja uma alteração, a CBF poderá remarcar a partida, mas sob o alerta de que novas liminares poderão surgir ao longo da competição.
- A decisão judicial é válida até que haja uma decisão que diga o contrário. Não há efeitos retroativos. Se a liminar for revogada, faz o jogo de novo.
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