O Ituano perdeu o segundo e decisivo jogo da final do Campeonato Paulista, diante do Santos, por 1 a 0, neste domingo, no estádio do Pacaembu, mas conquistou o título estadual ao vencer o time santista na decisão por pênaltis.
Foi a primeira vez que o time do interior paulista levantou um título estadual superando as equipes mais tradicionais - em 2002, o Ituano foi campeão de um Paulista do qual não participaram os maiores times do estado, que jogavam ao mesmo tempo o torneio Rio-São Paulo.
Na decisão deste domingo, o Ituano segurou o Santos e só sofreu o gol em cobrança de pênalti, cobrado por Cícero, no final do primeiro tempo. O resultado levou a decisão para os pênaltis. Na disputa, o time do interior perdeu com o zagueiro Anderson Salles, mas a equipe santista desperdiçou duas cobranças, com Rildo e Neto.
O técnico Oswaldo de Oliveira já demonstrava preocupação em relação aos pênaltis durante os treinos nesta semana, no CT Rei Pelé. No treinamento da última sexta-feira, por exemplo, o aproveitamento foi ruim entre os onze batedores, de 45,4 %, somando o goleiro Aranha. Por conta disso, o treinador repetiu a atividade no sábado, de manhã, no Pacaembu, no último treino antes da final.
O Santos entrou em campo com uma formação diferente em relação ao primeiro jogo – o volante Alison no lugar de Gabriel Barbosa. Com a alteração, Cícero atuou mais adiantado, como principal armador de jogadas do time. O camisa 8 foi o jogador mais perigoso da equipe. Além do gol de pênalti, o meia quase abriu o placar em mais duas oportunidades somente no primeiro tempo. A primeira em cobrança de falta, que o goleiro espalmou para escanteio, e a segunda, em uma finalização na pequena área após passe de cabeça de Leandro Damião.
No entanto, o nervosismo atrapalhou o time santista no início da partida. O Santos correu e marcou mais em comparação ao primeiro jogo, mas caiu na "catimba" do Ituano, que jogava pelo empate para ficar com o título.
O nervosismo também atrapalhava o Santos técnica e taticamente. O time abusava da "ligação direita" (chutes da defesa direto para o ataque) e se precipitava em algumas finalizações.
Santos e Ituano atuaram com o mesmo esquema tático – 4-2-3-1. No Santos, Alison protegia os zagueiros Neto e David Braz, e assim Oswaldo de Oliveira liberava os laterais ao ataque. Cicinho, na direita, apoiou bastante e criou boas jogadas, ajudando a romper o "ferrolho" do Ituano na entrada da área.
O nervosismo não era "privilégio" do Santos. Antes dos 20 minutos de jogo, o Ituano recebeu três cartões amarelos – Rafael Silva, Cristian e Esquerdinha. O time de Itu tentava parar o jogo com muitas faltas e só assusta o Santos em bola parada, principalmente nas cobranças de falta do zagueiro Anderson Salles.
O Santos melhorou no final do primeiro tempo, quando teve três boas oportunidades – duas com Cícero e uma com Leandro Damião, que cabeceou a bola no peito do goleiro. O gol saiu aos 45 minutos em cobranças de pênalti. O camisa 8 sofreu a infração e pediu para bater mesmo errando um pênalti no primeiro jogo. O meia santista bateu com categorias no canto direito do goleiro para abrir o placar.
No segundo tempo, o Ituano mudou sua postura e saiu mais para o jogo. O time do interior teve uma grande chance após falha de Cicinho no meio-campo aos nove minutos, mas os atacantes se atrapalharam no momento da finalização e foram travados pela zaga santista.
No entanto, foi o Santos teve que as melhores oportunidades no segundo tempo. Geuvânio recebeu a bola na frente do goleiro Vágner, sem marcação, mas finalizou para fora do gol. O time ainda quase marcou o segundo gol em cabeçada de Cícero após cobrança de falta de Geuvânio. Apesar das boas oportunidades, a equipe santista não marcou o segundo gol e, por isso, o título paulista foi decidido na disputa por pênaltis, com vitória do Ituano por 7 a 6.
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