O Parque Zoobotânico vem registrando nos últimos meses a chegada de um grande número de animais silvestres capturados em Teresina e no interior do estado. A última captura registrada foi de um macaco-prego recolhido pela Batalhão da Polícia Ambiental.
De acordo com a tenente Liliane Bezerra, do Batalhão Ambiental, o animal foi recolhido na Vila do Avião, zona Leste de Teresina. Após a captura foi feito o registro junto à coordenação do Zoobotânico que, num prazo de 48h, recebeu o macaco-prego. A partir de então, o animal passou por uma avaliação da equipe de veterinários e nutricionistas do Parque.
Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Mário Ângelo Meneses, além do serviço de acolhimento e cuidado desenvolvido pela Semar junto aos animais recolhidos, a Secretaria tem uma responsabilidade direta com os animais sob guarda no Zoobotânico.
“A Semar tem o compromisso de avaliar toda e qualquer apreensão de animais e, posteriormente, providenciar a acomodação do mesmo. No entanto, é preciso entender que o Zoobotânico está com um grande número de animais e que, no caso do macaco-prego, não podemos simplesmente colocá-lo junto aos demais animais já acolhidos, é preciso trabalhar a aceitação daquele que está chegando para integrá-lo ao grupo”, esclarece Mário Ângelo.
O secretário disse ainda que muitas pessoas mantêm em suas residências animais silvestres e depois de algum tempo optam por doar o mesmo, o que faz com que a procura pelos cuidados de profissionais do Zoobotânico seja constante.
“Para se ter uma ideia, muita gente chega a abandonar animais nas imediações do Parque. Estamos hoje com mais de 200 jabutis, além de um grande número de papagaios, araras, onça suçuarana, dentre outros. Mas já estamos com um projeto de construção do Centro de Triagem de Animais Silvestres que antes era gerenciado pelo Ibama, mas que está sendo repassado para os órgãos estaduais”, informa Mário Ângelo.
Para o coordenador do Parque, José Renato Uchôa, a grande maioria dos animais que chega ao Zoobotânico foi criada por pessoas que desconhecem os cuidados adequados e as limitações da lei que proíbe manter um animal silvestre em casa. “Muita gente pega o filhote e quando o animal cresce não tem mais condições de manter os cuidados. Resultado, solta em áreas urbanas, o que muitas vezes resulta em perigo para a sociedade”, explica José Renato.
Além de acolher e tratar os animais recolhidos, a Semar já realiza, em parceria com o Ibama, um trabalho no sentido de reintroduzir animais silvestres na natureza. “Devido à grande quantidade de pessoas que procuram o Parque para entregar animais, estamos constantemente trabalhando a soltura de animais em seu habitat natural”, informa José Renato Uchôa.
Centro de Triagem de Animais Silvestres
Ao ser concluído, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) terá a finalidade de recepcionar, criar e tratar os animais silvestres resgatados ou apreendidos pelos órgãos fiscalizadores, assim como, eventualmente, receber animais silvestres de particulares que os mantinham em cativeiro doméstico.
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