Realizada tradicionalmente no monumento em homenagem aos heróis da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior, as festividades deste ano comemoraram os 191 anos do acontecimento histórico, que põe o Piauí na rota das grandes batalhas que marcaram a luta pela independência do País. Na tarde dessa quinta-feira (13), o governador Wilson Martins participou das atividades comemorativas no monumento, onde entregou medalhas da Ordem do Mérito Renascença a personalidades de destaque e assistiu às apresentações cívico-teatrais realizadas por militares e atores piauienses.
“Todos os anos buscamos enaltecer e homenagear a bravura desses piauienses que lutaram pela independência do Brasil, bem como aqueles que lutam todos os dias pela construção da verdadeira independência do Piauí, trabalhando por um futuro melhor na educação, na saúde e nos demais setores que são importantes para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Durante muito tempo esse fato histórico ficou esquecido pelos historiadores do país, mas que hoje reconhecem a importância da Batalha do Jenipapo como um dos principais acontecimentos em prol da independência do Brasil”, ressalta Wilson Martins.
Na oportunidade, o governador entregou medalhas da Ordem do Mérito Renascença, a mais alta comenda concedida pelo Governo do Estado a personalidades que contribuíram para construção da história piauiense. Dezenas de personalidades foram homenageadas, recebendo medalhas nos graus Comendador, Oficial e Grão-Cruz, bem como a Medalha Heróis do Jenipapo, oferecida pela Prefeitura de Campo Maior. O desembargador Ricardo Gentil Dantas foi agraciado no grau comendador e falou em nome dos demais homenageados, que agradeceram a medalha.
Solenidade Comemorativa a Batalha do Jenipapo ( Foto: Kalberto Rodrigues)
“O recebimento dessa medalha aumenta e muito a nossa responsabilidade diante do povo piauiense. A Batalha do Jenipapo é uma das mais notáveis do Brasil e aos poucos vai encontrando espaço na memória histórica do país, a exemplo das inscrições na nossa bandeira, capítulos de livros e monumentos. Gostaria de agradecer ao governador Wilson Martins pela atenção que ele dispensa à história piauiense, relembrando fatos e agraciando personalidades, muitas vezes anônimas, que fazem o nosso estado um lugar melhor para se viver”, argumenta o desembargador Ricardo Gentil Dantas.
Ações comemorativas atraem estudantes de todo o Piauí
Através de apresentações artísticas, atores piauienses retratam os principais personagens e ações que marcaram a Batalha do Jenipapo, envolvendo os presentes numa história contagiante, que traduz a luta de um povo com armas e facões contra soldados munidos de espingardas e foices. Mais atrativa e fácil de compreender pelos pequenos, a encenação da Batalha atrai todos os anos centenas de crianças e adolescentes que buscam conhecer melhor a história de seu povo.
Solenidade Comemorativa a Batalha do Jenipapo ( Foto: Kalberto Rodrigues)
Naara Cristina, estudante do 4º ano do ensino fundamental na Unidade Escolar João Antônio de Miranda, em Campo Maior, conta que a apresentação é muito bonita e que gostou bastante de ver os militares fardados e marchando. “Nunca tinha visto e foi bem mais fácil entender a história da batalha assim”, relata.
Professora de história e uma grande incentivadora da cultura local, a professora Rossana Maria, conduzia uma turma de 30 alunos, com idade entre 9 e 12 anos, que puderam ver de perto a história contada pela docente virar realidade. “Pelo segundo ano trago meus alunos para ver o espetáculo da Batalha, pois acredito que essa seja uma forma de criarmos neles um sentimento de amor e admiração pela história piauiense”, afirma.
Solenidade Comemorativa a Batalha do Jenipapo (Foto:Kalberto Rodrigues)
Este ano a encenação da Batalha do Jenipapo ganhou uma nova roupagem, fazendo um resgate da história original, mantendo o foco nas disputas ocorridas nos municípios de Oeiras, Parnaíba e Campo Maior.
“O pano de fundo é o heroísmo da pessoa anônima e não dos coronéis. Temos que fazer uma história que emocione, mas sem fugir do tema central, pois o importante é que o público conheça o fato como ele realmente aconteceu”, explica Ací Campelo, dramaturgo e autor do texto da Batalha.
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